José Eduardo dos Santos defende que o crescimento económico de Angola não estagnou e que apenas "perdeu a pujança" por causa da crise ao mesmo tempo que rejeitou comparações com outros países, como Portugal.
Foi preciso fazer quase tudo de novo. Desminar, reconstruir, reequipar e reorganizar. Nós não podemos falar do nosso país como se estivéssemos a falar de Portugal, de Cabo Verde, do Senegal ou de outro país qualquer. A nossa história não é igual nem parecida com a dos outros. O nosso povo está consciente desse facto e sabe o porquê e como construir o futuro".
O chefe de Estado de Angola discursava na Assembleia Nacional, em Luanda, sobre o Estado da Nação, durante a sessão solene de abertura da quinta sessão legislativa da III legislatura, a última antes das eleições gerais de 2017, tendo sublinhado o esforço de recuperação da guerra.
O Fundo Monetário Internacional reviu este mês em forte baixa a previsão de crescimento do país: espera precisamente uma estagnação durante este ano e uma expansão de 1,5% em 2017. Em maio, apontava para um crescimento de 2,5% este ano e uma ligeira aceleração para os 2,7% no próximo ano.
Em setembro, o Orçamento Geral do Estado angolano foi revisto. A estimativa é que o serviço da dívida pública angolana custe 32,4 milhões de euros por dia.