O presidente francês, Nicolas Sarkozy, falou esta sexta-feira pela primeira vez da detenção de Dominique Strauss-Kahn, afirmando que é um caso «triste» e criticando as «declarações chocantes» de alguns responsáveis franceses sobre o assunto.
«Tudo isto é suficientemente triste para que o conjunto dos responsáveis políticos tente manter a elevação e a dignidade», disse Sarkozy no final da Cimeira do G8 em Deauville (noroeste de França), em resposta a uma pergunta da imprensa sobre a detenção do director-geral do FMI.
Esta foi a primeira vez que Nicolas Sarkozy falou da detenção em Nova Iorque por alegada agressão sexual e tentativa de violação de Strauss-Kahn, até então considerado como potencial rival do presidente francês nas presidenciais francesas de 2012.
«Abstive-me de tomar partido», disse Sarkozy, referindo «todos os processos que (lhe) seriam movidos dissesse o que dissesse».
Sarkozy prosseguiu afirmando que «perante estes acontecimentos todos, há sentimentos mistos, que podem ser contraditórios e que pertencem à intimidade de cada um».
Questionado sobre se o caso Strauss-Kahn prejudica a imagem de França, o Presidente respondeu: «Eu não sabia que Strauss-Kahn representava França».
«Houve coisas que vimos que preferíamos não ter visto, mas (também) há coisas que ouvimos que preferíamos não ter ouvido», insistiu, referindo-se a declarações de responsáveis franceses sobre o caso.
Sarkozy sobre detenção de Strauss-Kahn: é um caso «triste»
- Redação
- LF
- 27 mai 2011, 16:07
«Tudo isto é suficientemente triste para que o conjunto dos responsáveis políticos tente manter a elevação e a dignidade», diz o presidente francês
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