Construção: «Sector enfrenta um estado de emergência» - TVI

Construção: «Sector enfrenta um estado de emergência»

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Construção já tinha avisado que só tem encomendas até Março

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O presidente da Associação das Indústrias da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) alertou esta sexta-feira que o sector «enfrenta um estado de emergência», só tem encomendas até Março e «não aguenta mais um Estado que não paga as suas dívidas».

«Estamos à beira da desagregação do nosso tecido empresarial e da destruição do emprego que asseguramos», afirmou Reis Campos, destacando que, «se nada for feito, estão em risco mais de 140 mil postos de trabalho, o que irá atirar a taxa de desemprego nacional para os 20 por cento».

Falando na sessão de abertura da conferência «A Construção em Portugal e no Mundo», que decorre no Porto, o dirigente associativo criticou o Estado por «não pagar as suas dívidas» e a banca por não financiar as empresas.

«O prazo médio de pagamento das autarquias é de 7,7 meses (232 dias)», disse, acrescentando que, «no seu conjunto, as dívidas do Estado ascendem a 1,3 mil milhões de euros», um valor que, «mais do que nunca, é imprescindível para a sobrevivência das empresas».

Já relativamente à banca, Reis Campos acusa-a de «não cumprir de forma equilibrada o seu papel», exigindo «a liquidação de empréstimos ou a prestação de garantias que ultrapassam os limites da razoabilidade».

Vítima de uma redução diária média de 200 trabalhadores por dia desde 2002, o sector da construção enfrenta, alertou, um risco de «imediata destruição».

Neste contexto, o presidente da AICCOPN reiterou ser «essencial a apresentação de um pacote legislativo que definitivamente assuma a reabilitação urbana e o arrendamento como prioridades nacionais» e «imprescindível o bom aproveitamento dos fundos comunitários disponíveis».
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