Mercados das dívidas soberanas continuam «turbulentos» - TVI

Mercados das dívidas soberanas continuam «turbulentos»

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27 membros da União «apreciam» o apoio chinês para salvaguardar estabilidade europeia

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Um alto responsável da União Europeia (UE) saudou esta terça-feira o apoio chinês à estabilidade financeira na zona euro, mas alertou que os mercados das dívidas soberanas continuam «turbulentos».

«Temos de facto um certo grau de dualismo no desenvolvimento económico na União Europeia. Por um lado, a recuperação progride, e por outro há turbulência nos mercados da dívida soberana», afirmou o Comissário Europeia para os Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn.

Numa conferência de imprensa após a 3ª ronda do Diálogo de Alto Nível Económico e Comercial China-UE, Olli Rehn disse, citado pela Lusa, que os 27 membros da União «apreciam» o apoio chinês aos seus esforços para «salvaguardar a estabilidade do sistema financeiro na Europa».

Olli Rehn realçou que «a China é uma potência económica cada vez mais importante», mas quanto ao montante de títulos europeus que aquele país já comprou, disse apenas que «essa informação não foi fornecida» pelos seus interlocutores.

A reunião - a primeira desde a aprovação do Tratado de Lisboa, há três anos - foi co-presidida por Wang Qishan, vice-primeiro ministro chinês, e Joaquin Almunia, vice-presidente da U E responsável pela política de competitividade.

Wang Qishan manifestou apoio às medidas tomadas pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional para assegurar a estabilidades financeira e indicou que a China «ajudará alguns membros da UE a combater a crise da dívida soberana».

A União Europeia é, desde há seis anos, o maior parceiro comercial da China e este país, entretanto, tornou-se o segundo mercado dos «27».

Nos primeiros onze meses de 2010, o comércio UE-China aumentou 33 por cento em relação a igual período do ano anterior, somando 433.900 milhões de dólares (330.000 milhões de euros), referiu Wang Qishan.

Joaquin Almunia disse que, independentemente das flutuações cambiais, o crescimento das exportações da UE para a China foi superior ao das importações e, este ano, o crónico «deficit» comercial dos 27 «não será substancial».
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