Ministros das Finanças discutem futuro de Portugal - TVI

Ministros das Finanças discutem futuro de Portugal

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Reunião de sexta-feira será marcada pela discussão sobre as opções que o governo de gestão tem para enfrentar a crise

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O futuro de Portugal vai ser um dos temas quentes da reunião de sexta-feira dos ministros das Finanças da Zona Euro (Ecofin). Fonte oficial disse à Reuters que os governantes vão discutir as opções legais e económicas que o governo de gestão pode utilizar para fazer face à pressão dos mercados, incluindo a sua capacidade de pedir ajuda externa à União Europeia/FMI.

Os responsáveis das Finanças dos 17 países vão estar reunidos, em Budapeste, para conversas informais que também incluirão a situação económica de outros dois países em dificuldade - Irlanda e Grécia.

Fonte da Reuters classificou como «caóticas» as informações que lhes chegam de Portugal sobre a necessidade ou não de recorrer ao fundo de resgate da União Europeia/FMI e, por isso, espera «uma explicação do ministro das Finanças português sobre qual é a real situação económica e das contas públicas».

E há ainda outra questão: o que pode fazer um governo de gestão?

«São legalmente capazes ou não de pedir apoio financeiro ou não? Isto é diferente de quererem fazê-lo ou não», explicou fonte oficial, adiantando que «eles deviam parar de brincar connosco e dizer-nos qual é a situação, tanto em termos económicos como ao nível da situação política. Isso vai ocupar uma grande parte da reunião de sexta-feira».

Para já, Portugal já tem garantido o financiamento até Abril, quando terá de pagar 4,3 mil milhões de euros de dívida que, entretanto, vence.

Vários países da Zona Euro têm feito pressão para que Portugal recorra ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), devido aos elevados custos de financiamento que Portugal tem enfrentado - os juros da dívida pública a dois e a três anos já superaram os 10%, a dez anos estão nos 8,8% - mas José Sócrates reitera, repetidamente, que o país não precisa de ajuda.

«Estamos a pedir-lhes que nos expliquem a situação para percebermos com clareza se o primeiro-ministro acredita, de facto, na sua própria história», disse a mesma fonte à Reuters.
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