Passos Coelho admitiu custos indiretos para os contribuintes, caso a venda tenha prejuízo. "Se ficar aquém, o prejuízo ficará imputado aos bancos, e nessa medida será distribuído por todos os bancos, incluindo a CGD. A CGD esteve a fazer correções no balanço de perdas 5 mil milhões de euros anteriores a 2011... Os bancos muitas vezes enfrentam problemas dessa natureza", quis ressalvar.
"Aos lesados do BES deixe-me dizer: ja no passado tive contactos, ouvi as pessoas e conversei com elas, problemas são significativos e sérios. A solução só pode ser encontrada pelos reguladores. Muitas delas têm fortes razões para se sentirem lesadas. Era importante que as pessoas não perdessem mais tempo e recorram aos tribunais"
António Costa não respondeu, depois, o que fará quanto a este assunto se vier a ser primeiro-ministro. Se anula a venda ou não, por exemplo. Centrou-se, apenas, no discurso do adversário:
"Passos Coelho é um passa culpas permanente, nunca lhe diz respeito nada... Agiu de forma muito imprudente... Veio ao mercado dar garantias de solvabilidade a um grupo que faliu pouco depois e induzir em erro portugueses de que a solução não terá custos para portugueses. O fundo de resolução é público, com fundos públicos"
A única certeza sobre o futuro que quis deixar, tendo em conta que este dossiê pode vir a passar para as suas mãos, foi que, "se venda der prejuízo será imputado ao défice do ano passado".