"Duas coisas em simultâneo: quando se fala de emprego temos de falar da criação e da qualidade do emprego. Estabelecemos o emprego como a causa das causas, a recuperação do rendimento das famílias e criar condições para as empresas investirem", enquadrou.
"Políticas para setores onde o desemprego de longa duração tem sido duramente atingido - na minha geração, inclusive - [daí reduzir] o IVA da restauração. O desemprego não é só para as pessoas qualificadas; reforçar o apoio para o setor social; o apoio específico a jovens licenciados, em vez de desperdiçar dinheiro da Garantia Jovem, com falsos estagiários, concentrar esses recursos para a criação de emprego efetivo"
António Costa defende que a "grande reforma" não é reduzir custos do trabalho, como acusa a coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) de querer fazer, mas "criar emprego digno".
O seu adversário, Pedro Passos Coelho, defendeu que o seu Governo implementou reformas e que a base de trabalho para futuro deve ser essa.
Uma acusação que se alude à proposta do PS de um procedimento "conciliatório", sem recorrer aos tribunais, nos casos de cessação contratual."Precisamos de tirar partido das reformas realizadas, em sede de concertação social. É completamente prematuro estar a fazer mexidas de fundo nas reformas que realizámos. Isso não dispensou António Costa de propor medida de despedimento consensual"
O líder do PSD argumentou que foi criado emprego na sua legislatura, emprego que vinha sendo "destruído há muitos anos em Portugal". E bateu-se pela sua medida de estágios, alegando que 2/3 dos jovens acabaram por ter trabalho a seguir. "Por casa contrato a termo certo, vimos criar quase três contratos novos sem termo", acrescentou.
Já a acusação de António Costa teve como alvo a justa causa nos despedimentos, que acusou a direita de querer retirar. Passos lembrou que houve um acordo na concertação social alterar as leis laborais, algo que até aconteceu em Itália, com os socialistas no governo.
Como metas, a coligação Portugal à Frente quer "garantir maior e mais elevado nível de qualificação aos jovens portugueses, que acrescente mais valor", "mais espaço para ensino vocacional, cursos de média e curta duração nos politécnicos para ir respondendo as necessidades das empresas, melhores politicas ativas de emprego e melhor formação".
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