Portugal e Espanha precisam de cortes orçamentais adicionais para alcançar o objectivo de redução de défice, evitando por em causa o crescimento e o efeito «bola de neve» nos seus défices, de acordo com um esboço do documento da Comissão Europeia de análise das medidas dos dois países.
Veja aqui o que diz o comissário europeu
As medidas de redução do défice anunciadas por Portugal e Espanha, como parte de um acordo da União Europeia - de 10 de Maio - para criar um pacote de ajuda de 750 mil milhões de euros, não são suficientes, de acordo com o relatório a que a Bloomberg teve acesso.
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Portugal tem que reduzir o seu défice para 7,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 e 4,6% em 2011 e Espanha propõe-se a cortar para os 9,3% do este ano e 6% no próximo.
«Apesar das novas medidas anunciadas são significativas e as metas implicam uma valente consolidação orçamental, são precisas mais iniciativas para cumprir os objectivos, particularmente para 2011», refere o documento, datado de 26 de Maio. O relatório, intitulado «Requerimentos de consolidação em Espanha e Portugal», foi preparado pela Comissão Europeia para os ministros das Finanças europeus.
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A comissão prepara-se para divulgar publicamente ainda hoje os esforços que os países europeus, incluindo Portugal e Espanha, têm de fazer para controlar os seus défices.
Portugal vai precisar de medidas adicionais que valham 0,3% do PIB este ano e pelo menos 1,5% no próximo para atingir as metas definidas a 13 de Maio, adianta ainda o documento. Espanha poderá atingir os objectivos para este ano com apenas «ajustamentos marginais» e ter de cortar pelo menos 1,75% do PIB em 2011.
Bruxelas exige esforços adicionais a Portugal e Espanha
- Redação
- MD
- 15 jun 2010, 12:56
País vizinho apenas precisa de «ajustamentos marginais» este ano, mas o nosso corte do défice tem que ser maior. Comissão receia efeito «bola de neve»
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