Conselho de Finanças Públicas pede "prudência" até ao fim do ano - TVI

Conselho de Finanças Públicas pede "prudência" até ao fim do ano

Teodora Cardoso (Lusa)

Entre os fatores que mais pressionam está o crescimento económico abaixo do esperado e os riscos para as contas públicas decorrentes do setor financeiro, nomeadamente a Caixa Geral de Fepósitos e na compensação aos lesados do BES

O Conselho de Finanças Públicas não acredita que o governo consiga cumprir a meta de défice para este ano e aconselha, por isso, "prudência" ao Governo. Num relatório divulgado esta manhã, o organismo mantém a previsão nos 2,6%, uma décima acima do valor acordado com Bruxelas. Avisos que chegam na semana de apresentação do Orçamento do Estado para 2017, sendo que o primeiro-ministro tem reafirmado que o défice deste ano ficará "confortavelmente abaixo dos 2,5%"

A entidade liderada por Teodora Cardoso destaca ainda o mau desempenho da receita fiscal no segundo trimestre e adverte ainda para as fortes pressões orçamentais nos últimos três meses de 2016.

Nas condições particulares da execução orçamental em 2016, as comparações com períodos homólogos devem ser interpretadas com especial prudência”.

Entre os fatores que mais pressionam está o crescimento económico abaixo do esperado e os riscos para as contas públicas decorrentes do setor financeiro, nomeadamente na recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e na compensação a subscritores de dívida do Grupo Rspírito Santo.

No relatório sobre a evolução orçamental até ao final do segundo trimestre de 2016 divulgado hoje, o CFP lembra que o défice orçamental em contas nacionais (a ótica dos compromissos, que conta para Bruxelas) foi de 2,8% do PIB na primeira metade do ano, uma melhoria em termos homólogos (em 1,8 pontos percentuais do PIB) e face ao trimestre anterior (em 0,2 pontos).

 

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