Sanções? "Portugal tem é de ser indemnizado", diz CGTP - TVI

Sanções? "Portugal tem é de ser indemnizado", diz CGTP

Arménio Carlos

Arménio Carlos defende que o país não tem de ser penalizado por políticas que "fracassaram" e que foram "impostas" por Bruxelas e pela troika. E liga o adiamento da decisão de Bruxelas, sobre as eventuais sanções relativas ao défice, às eleições em Espanha

à propósito das eventuais sanções de que Portugal pode vir a ser alvo por parte de Bruxelas - embora afinal não seja para já - a CGTP só tem uma coisa a dizer: o país não deve ser penalizado pela Comissão Europeia, mas sim indemnizado. 

"Nós não temos de ser sancionados pelas políticas que fracassaram e que foram impostas por Bruxelas e pela ‘troika'. Nós neste momento o que temos é de ser indemnizados pelas consequências dessas mesmas políticas que trouxeram mais exploração, mais desigualdade e mais empobrecimento"

O líder da CGTP sublinhou, citado pela Lusa, que a Comissão Europeia "não tem lições" para dar a Portugal e falou em dualidade de tratamentos dependendo dos países em questão.

"Sabemos de antemão que a Comissão Europeia continua a ser muito forte com os países mais pequenos e muito fraquinha com os países mais poderosos"

Bruxelas fez hoje também uma série de recomendações a Portugal, pedindo medidas adicionais no valor de 730 milhões de euros. 

Arménio Carlos foi questionado sobre o assunto quando participava esta tarde, em Vila Nova de Famalicão, distrito do Porto, numa marcha com trabalhadores do setor têxtil e vestuário e considerou ainda que a decisão de Bruxelas "tem uma ligação direta com as eleições que vão ter lugar agora em Espanha".

"Ficou a ideia de que qualquer sanção que hoje fosse aplicada a Espanha ou a Portugal poderia tornar-se num problema, nomeadamente com a transferência do voto para os partidos que neste momento se opõem ao Partido Popular espanhol e a este sentido de mudança que se está a fazer sentir em Portugal e que nós queremos que também se faça sentir também em outros países", disse Arménio Carlos, citado pela Lusa.

 

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