Strauss-Kahn já renunciou ao cargo no FMI - TVI

Strauss-Kahn já renunciou ao cargo no FMI

Director-geral apresenta demissão na sequência do escândalo sexual em que está envolvido

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Dominique Strauss-Kahn já se demitiu do cargo de director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI). A decisão surge na sequência da acusação de tentativa de violação de que é alvo. E já há potenciais candidatos a próximo senhor FMI: Durão Barroso é um deles.

Strauss-Kahn informou assim o Conselho Executivo da instituição «da sua intenção de renunciar ao cargo de director-geral, com efeitos imediatos», lê-se no comunicado do FMI que até agora não tinha falado com o acusado.

Na carta, o francês diz que «é com infinita tristeza que hoje me sinto compelido a apresentar ao Conselho Executivo a minha demissão do cargo de director-geral do FMI».

Strauss-Kahn admite estar a pensar na sua esposa - «que amo mais do que qualquer outra coisa» -, nos seus filhos, família, amigos e colegas do FMI. «Juntos, temos feito grandes coisas nos últimos três anos e mais».

Proclamando inocência, o senhor FMI quis deixar claro: «A todos, quero dizer que nego com a maior firmeza possível todas as acusações que foram feitas contra mim».

Ainda assim, a renúncia às funções que desempenhava no FMI foi decidida, porque «quero proteger esta instituição, a qual servi com honra e dedicação».

Agora é tempo, «sobretudo, de dedicar todas as minhas forças, todo o meu tempo e toda a minha energia para provar a minha inocência».

O Fundo Monetário Internacional vai pronunciar-se em breve sobre a escolha do substituto. Enquanto isso, John Lipsky continua aos comandos da instituição, mas as especulações sobre o próximo senhor FMI vão crescendo.

Esta manhã os seus advogados devem avançar com mais um pedido de libertação, mediante o pagamento de uma fiança de um milhão de euros. A ideia é que Strauss-Kahn aguarde em prisão domiciliária, com pulseira electrónica, a audiência que amanhã se realiza.

O director-geral do FMI, agora demissionário, prometeu não deixar os EUA em mais uma tentativa de convencer o tribunal a conceder-lhe a liberdade sob caução.

No requerimento apresentado ao Tribunal, e que é publicado pelo «The New York Times», Strauss-Kahn refere estar disponível para ser colocado sob vigilância 24 horas por dia se for autorizado a sair da cadeia de Rikers Island, onde se encontra em prisão preventiva desde segunda-feira.

Strauss-Kahn renuncia também a qualquer processo de extradição e volta a insistir na liberdade sob fiança. Um dos advogados assegura que o senhor FMI está bem, «é forte» e vai superar.
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