A associação PRO.VAR lamentou esta sexta-feria que o Governo não tenha ido mais longe no desconfinamento, considerando que o plano é “aos soluços” e não “interessa aos restaurantes”, de acordo com um comunicado esta sexta-feira divulgado.
A PRO.VAR lamenta que o Governo não tenha ido mais longe no plano de desconfinamento, pois esta associação tem defendido que o fosse em modo pleno e não aos 'soluços'”, indicou, acrescentando que “a situação apresentada apenas serve para remediar e injetar alguma liquidez nas empresas, mas é bom que se diga que a operação continuará muito deficitária”.
De acordo com a PRO.VAR o “grande risco deste desconfinamento é que o patamar que permite trabalhar em forma plena é atribuído a um nível considerado muito exigente e facilmente alcançável, colocando o setor da restauração em permanente sobressalto, pois iremos assistir a um ‘abre e fecha’ de 15 em 15 dias”, lê-se na mesma nota.
A associação indicou que “apresentou ao Governo um conjunto de propostas que pretendem reforçar a segurança nos estabelecimentos da restauração e outros”, denunciando “que muitos setores não cumprem um décimo das regras dos restaurantes e que por falta delas acabam por contribuir de forma disfarçada para o elevado aumento dos casos”.
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A PRO.VAR refere-se, neste âmbito, “aos setores dos transportes, escolas e supermercados, que incompreensivelmente têm sido poupados a exigências básicas que tem muitas vezes a ver com a obrigatoriedade de desinfeção das mãos à entrada dos espaços”.
Defendemos que o esforço deverá ser no sentido de dar condições plenas de funcionamento à restauração, pedimos por isso que seja estudada uma alteração no posicionamento nos níveis que estão considerados, podendo trabalhar, em maior segurança, em níveis de maior risco”, lê-se na mesma nota.
Assim, a associação “sugere a introdução de uma certificação que permita que os estabelecimentos possam laborar em níveis mais exigentes” bem como “novas adaptações”, defendendo a reabertura da linha de apoio do Adaptar.
A PRO.VAR propõe “a colocação de uma ficha técnica à entrada dos estabelecimentos, com a informação da lotação e regras covid” e a “testagem rápida, obrigatória e semanal a todos os colaboradores”.
Além disso, a organização apelou a que o Adaptar 2.0 “considere verbas para a melhoria do ar no interior dos estabelecimentos, de modo a permitir uma renovação ascendente do ar, seja por métodos naturais ou forçados” e a que todos os trabalhadores do setor do turismo tenham “prioridade no 3.º plano de vacinação”.
A associação acredita ainda “que o Governo terá que alinhar os apoios financeiros de acordo com o evoluir da situação, mas relembra que existe ainda muito a fazer no que concerne ao período passado, com especial enfoque para os que ficaram de fora dos apoios”.
No comunicado, a entidade pediu ainda ao Governo que corrija “urgentemente” a “forma como foram atribuídos os apoios”, considerando que foi “uma grave distorção do ponto de vista da sã concorrência pelo facto de os apoios serem dados por número de contribuinte e não por estabelecimento”.