"Febre" da Black Friday nem sempre é o que parece - TVI

"Febre" da Black Friday nem sempre é o que parece

  • ALM
  • 20 nov 2017, 11:50
Compras

Tradição norte-americana veio para ficar também em Portugal e no ano passado rendeu cerca de 1,8 milhões de euros em vendas online no nosso país

Muitos produtos com desconto no fim-de- semana da Black Friday podem ser comprados pelo mesmo preço, ou ainda mais baratos, em outras épocas do ano, revela um estudo do Which?, um grupo ligado à defesa e análise do comportamento dos consumidores, no Reino Unido.

Alex Neill, diretor de produtos e serviços para a casa do Which?  diz que: “os nossos estudos revelam que apesar de a Black Friday poder oferecer grandes descontos, nem todas as ofertas são boas como perecem.”

O estudo, citado pelo The Guardian, diz que os compradores britânicos esperam gastar cerca de 11,2 mil milhões de euros na Black Friday deste ano. O Which? Fez um levantamento das ofertas da Black Friday do ano passado e encontrou mais da metade (60%) a custarem o mesmo, ou menos, antes ou depois do evento. Para quase metade dos negócios, o preço foi o mesmo, ou mesmo menor, que em dezembro, imediatamente, após o dia de desconto inspirado num evento que teve origem nos Estados Unidos.

O jornal britânico dá exemplos de lojas, como a Amazon, e produtos como o televisor da Samsung de 55 polegadas - Smart 4K Ultra HD - que chegou a ser 50 libras mais barato, pelo menos 29 vezes em dezembro, janeiro e abril. E 79 libras abaixo do preço da Black Friday, pelo menos 18 vezes em maio de 2016.

E prossegue o estudo, dizendo que, por exemplo, a escova de dentes elétrica Oral-B Pro 3000, foi anunciado pela Amazon com um desconto de 26%, a 29,99 libras, mas foi mais barata que isso, em 5 libras, pelo menos dois dias em julho.

Os especialistas alertaram ainda para o aumento dos custos, provocado em parte pela desvalorização da libra, o que significa que, pelo menos no Reino Unido, mesmo nos produtos que valem a pena, não haverá descontos tão significativos como os de 2016.

Eleanor Parr da GlobalData, que faz estudos sobre o retalho, acrescenta que, provavelmente, os produtos elétricos serão os mais afetados pela inflação, embora a moda e os artigos para a casa também possam ser atingidos.

Em Portugal, a tradição norte-americana, também já ganhou força. No ano passado rendeu 1,8 milhões de euros em vendas online. 

Continue a ler esta notícia