Covid-19: mais de mil técnicos de som, imagem e luz podem ficar sem emprego - TVI

Covid-19: mais de mil técnicos de som, imagem e luz podem ficar sem emprego

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  • 3 dez 2020, 20:29
Espetáculo "Deixem o Pimba em Paz"

Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos fala num "ano terrível" para o setor

Mais de 1.000 técnicos de som, imagem, luz, entre outros profissionais, deverão ficar sem emprego ou serão obrigados a mudar de profissão devido às limitações impostas pelo Governo em eventos como a passagem do ano, estima a APSTE.

Em comunicado divulgado esta quinta-feira, a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) estima que “mais de 1.000 técnicos de som, imagem, luz, entre outros, se vejam obrigados a ir para o desemprego ou a mudar de profissão devido as últimas decisões tomadas pelo executivo liderado por António Costa, nomeadamente a limitação dos eventos corporativos a um máximo de cinco pessoas e a proibição de eventos para celebrar a passagem de ano”.

Este foi um ano terrível para todos os que trabalham neste setor, independentemente da sua natureza, e estas últimas medidas anunciadas pelo Governo apenas vieram colocar mais um prego no caixão”, considera a associação.

Para o presidente da APSTE, Pedro Magalhães, a limitação dos eventos corporativos, “que ainda asseguravam algum do pouco trabalho existente” e a proibição de qualquer celebração de passagem de ano significarão “a falência certa para muitas empresas e o desemprego para muitos profissionais”.

É importante não esquecer que um técnico demora cerca de dois anos a estar apto a trabalhar nesta área”, sublinha Pedro Magalhães, adiantando que tratar-se de profissionais “altamente especializados que, perante a inevitabilidade do desemprego, não têm outra alternativa a não ser mudar de profissão”.

A APSTE critica ainda o que considera ser “a postura populista da tutela” ao apresentar medidas como a suspensão do pagamento especial por conta.

Não estamos contra a medida em si, nada disso. Mas é incrível como se anuncia algo que nenhum benefício direto trará às empresas de setores profundamente afetados pela pandemia como se de algo muito positivo se tratasse”, defende o presidente da associação.

“Esta medida teria sentido se tivéssemos lucros para apresentar, a questão é que este ano apenas registámos prejuízos”, conclui o responsável.

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