BPI avança com 400 rescisões sem acesso a subsídio de desemprego - TVI

BPI avança com 400 rescisões sem acesso a subsídio de desemprego

  • VC
  • 10 mai 2017, 21:13
BPI

Banco vai oferecer 2,5 salários por cada ano de trabalho a quem aceitar rescindir amigavelmente

O BPI já tinha admitido acelerar a dispensa de trabalhadores este ano e vai mesmo avançar com um processo de saídas. O alvo são cerca de 400 trabalhadores.

O banco vai oferecer 2,5 salários por cada ano de trabalho a quem aceite sair por rescisão amigável, mas sem acesso a subsídio de desemprego, segundo a nota que consta no portal na Internet da federação dos sindicatos dos bancários ligados à UGT (Febase).

Foi no final de abril, em reunião com os dirigentes sindicais, que a administração do BPI comunicou que "pretendia reduzir o número de efetivos através de um programa de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo".

No caso das rescisões por mútuo acordo, diz a informação disponível na Internet, o BPI propõe uma indemnização de 2,5 meses por ano de trabalho, acima do previsto na lei. Contudo, faz um alerta:

Porque o BPI não é uma empresa em reestruturação, os trabalhadores que aceitarem a rescisão de contrato não terão direito ao subsídio de desemprego".

Isto acontece ainda que mantenham acesso ao sub-sistema de saúde SAMS e condições benéficas nos créditos que tenham com o banco.

Os trabalhadores com idade inferior ou igual a 55 anos podem aderir às rescisões até 2 de junho. Já para as reformas antecipadas, o programa é destinado a quem tenha entre 55 e 65 anos.

Desde o início deste ano que o BPI é controlado pelo espanhol Caixabank. No prospeto da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI, o CaixaBank previa conseguir sinergias em três anos no valor de 120 milhões de euros, estimando que 35 milhões de euros sejam conseguidos com crescimento de receitas e 85 milhões com poupança de custos, parte importante com redução de 900 efetivos em três anos.

Já em abril, questionado sobre este tema, o futuro presidente executivo do BPI, o espanhol Pablo Forero, admitiu que o banco tinha agora mais dinheiro para promover saídas.

O BPI tinha, no final de março, 5.445 trabalhadores em Portugal.

VC

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