Estaleiros de Viana: trabalhadores recebem garantias

O presidente do Conselho de Administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo garantiu esta segunda-feira aos trabalhadores a busca por uma «saída lógica» para a empresa, tendo em conta várias soluções «em cima da mesa».

«Afinal, parece que há outras hipóteses, além da reestruturação que foi apresentada pela anterior administração [com a prevista saída de 380 dos 720 trabalhadores]», afirmou, no final do encontro, o coordenador da Comissão de Trabalhadores da empresa.

«Do lado da administração da Empordef e dos Estaleiros, o presidente garantiu-nos que tudo está a ser feito para encontrar uma saída lógica e que há várias propostas», explicou António Barbosa citado pela Lusa.

Este encontro, que envolveu o novo presidente do Conselho de Administração dos ENVC, Jorge Camões, e dois elementos da Comissão de Trabalhadores, realizou-se a pedido do administrador.

«Queria explicar-nos que houve alguma confusão por não nos ter recebido em Lisboa, na sexta-feira. Garantiu que estava no edifício da Empordef, a trabalhar, e que não se tinha ausentado como nos disse o segurança. Foi um mal-entendido», acrescentou António Barbosa.

Na sexta-feira, mais de 450 trabalhadores dos ENVC promoveram uma manifestação em Lisboa, que culminou à porta da Empordef, accionista único em nome do Estado, com a aprovação de uma moção contendo propostas para a viabilização da empresa.

No mesmo dia, a Empordef reuniu em assembleia-geral naquele edifício, mas a moção acabou por ser entregue ao porteiro do edifício onde funciona a «holding» do Estado para as indústrias da Defesa.

O documento continha «propostas concretas que provam que é possível evitar os despedimentos». «A existir», reclamam que seja para quem tem «mais de 55 anos» e «que possam ir previamente para a reforma e não para o desemprego».