HSBC fecha 117 agências e corta 380 empregos na Grã-Bretanha - TVI

HSBC fecha 117 agências e corta 380 empregos na Grã-Bretanha

HSBC [Reuters]

Programa de reestruturação em território britânico termina com este anúncio. Sindicatos falam num cenário "devastador" não só para o pessoal, mas também para os clientes do banco. Operações estão a ser transferidos para países com salários mais baixos

Para continuar a reduzir custos, e pôr fim ao programa de reestruturação que está a levar a cabo em território britânico, o banco HSBC anunciou que vai fechar 117 agências e cortar 380 empregos, este ano, na Grã-Bretanha. Não invoca como argumento o Brexit, mas antes a redução de operações locais.

Cerca de 180 empregos serão eliminados na rede de agências, mas também serão reduzidos 200 postos de trabalho na área das tecnologias da informação que estão a ser transferidos para países como a Índia, a China e a Polónia, onde as pessoas podem fazer o mesmo trabalho por salários mais reduzidos.

No final do ano, o banco deverá ter abertos 625 balcões em território britânico, o que compara com os 965 que detinha no final de 2016.

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A reação dos sindicatos aos despedimentos não se fez esperar. "Hoje é um dia sombrio para centenas de funcionários do HSBC", disse Dominic Hook, dirigente nacional do sindicato Unite, citado pela Lusa.

O Unite está profundamente preocupado com o facto de que este programa de encerramento de agências será devastador não só para o pessoal, mas também para os clientes do HSBC".

O banco justifica que o número de clientes que usam os balcões para fazer transações caiu cerca de 40% nos últimos cinco anos, ao passo que o número de pessoas que fazem transações digitais aumentou muito.

Já os críticos dizem que as agências locais prestam um serviço vital e que os clientes idosos e com baixos rendimentos serão os mais atingidos pelos encerramentos, já que muitos não têm acesso à internet.

O HSBC está a fechar balcões mais rapidamente do que outros grandes bancos britânicos. Já procedeu a 321 encerramentos desde 2015, o equivalente a cerca de um quarto de sua rede. É pelo menos isso que consta num estudo feito pela maior associação de consumidores da Grã-Bretanha "Which?", publicado no mês passado.

 

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