Sindicato denuncia despedimento de 500 trabalhadores na Preh Portugal da Trofa - TVI

Sindicato denuncia despedimento de 500 trabalhadores na Preh Portugal da Trofa

  • Sara Sousa Pinto
  • 8 abr 2020, 14:35
Preh

Empresa alemã de componentes eletrónicos garante que não houve despedimentos, mas sim cessações de contratos com empresas de trabalho temporário

Vários colaboradores da empresa alemã Preh Portugal têm vindo a denunciar à TVI o despedimento de quase 500 dos 700 trabalhadores temporários, com vínculo precário, mas a empresa de componentes eletrónicos, sediada na Trofa, já veio desmentir a situação em comunicado enviado às redações:

É totalmente falso que a Preh Portugal tenha despedido, ou vá despedir 500 trabalhadores. Cessámos os contratos com empresas de trabalho temporário, uma vez que no quadro da brutal redução da atividade (...) deixou de existir a necessidade que justificou a dita contratação.”

Contudo, a União dos Sindicatos do Porto (USP), afeta à CGTP-IN, tem uma posição diferente.

Em entrevista à TVI, o coordenador explica por que motivo é que esta situação pode e deve ser considerada um despedimento:

Estamos a falar de uma empresa em que mais de 50% das pessoas estão em empresas de trabalho temporário e com vínculo precário, mas a fazer funções permanentes. Alguns deles já com dois anos de trabalho para a empresa. Alguns estavam a pouco tempo de entrar para os quadros da empresa”, explicou Miguel Ângelo.

A Preh Portugal justificou a cessação de contratos com a quebra na produção, devido à pandemia, mas o sindicato garante que os trabalhadores estão a ser descartados e ficaram desprotegidos, na altura em que mais precisavam de proteção.

Hoje é a pandemia, mas isto acontece há mais de dez anos. A Preh teve 25 milhões de euros de lucro, nos últimos três anos. Deveria ter uma posição de solidariedade para com os trabalhadores”, reiterou o coordenador da USP.

A maioria dos colaboradores que ficaram sem vínculo laboral são jovens. Há ainda relatos de que a empresa impôs o gozo de férias antecipado aos trabalhadores, algo que a Preh Portugal também desmentiu no mesmo comunicado.

O sindicato garante que já foram enviadas várias denúncias à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), mas ainda não obteve resposta.

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