AHRESP espera «mais resultados» de ministra para baixar IVA - TVI

AHRESP espera «mais resultados» de ministra para baixar IVA

Restauração quer «menos diálogo e mais resultados» de Maria Luís Albuquerque

O presidente da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Mário Gonçalves Pereira, disse esta terça-feira esperar «menos diálogo e mais resultados» da nova ministra das Finanças para a redução do IVA naquele setor.

O presidente da AHRESP falava aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário-geral socialista, António José Seguro, e com a direção do PS, no Largo do Rato.

Mário Gonçalves Pereira disse ter pedido a audiência para «agradecer o empenho» que o PS «tem demonstrado para a descida do IVA no setor da restauração e bebidas» e, numa alusão à proposta dos socialistas para reduzir o imposto para 13%, chumbado na semana passada pela maioria, antecipou que «a situação há de ser resolvida mais dia, menos dia».

«De chumbo em chumbo vamos com certeza chegar um dia à vitória», afirmou.

Questionado sobre se espera maior flexibilidade por parte da nova ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, o presidente da AHRESP considerou que o problema central não é «falta de diálogo», mas a falta de resultados.

«Eu preferia que houvesse menos diálogo e mais resultados, os nossos empresários gostam mais de trabalhar do que andar aí a tratar de outros assuntos que não deviam», acrescentou.

Gonçalves Pereira manifestou incompreensão por Portugal, «um país no fim da Europa» e «de turismo», tenha «o IVA mais alto no setor da restauração e bebidas» e disse não estar confiante quanto ao papel do grupo de trabalho designado pelo Governo para estudar o assunto.

O presidente da AHRESP afirmou ainda que muitos deputados da maioria defendem a redução do IVA na restauração mas «têm de obedecer a uma diretriz do partido».

«Quando chega à altura da votação eles votam contra, vamos ver se os portugueses não vão votar contra eles», advertiu.

«A nível da Europa há uma diretiva comunitária que aconselha os Estados-membros a praticarem a taxa reduzida de IVA por este ser um setor de mão-de-obra intensiva, mas não sei se o Governo conhece a diretiva», ironizou o presidente da associação.
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