Algarve: casas de férias estão mais baratas - TVI

Algarve: casas de férias estão mais baratas

Pine Cliffs

Devido à crise, ainda existem casas de férias para alugar quer no sotavento quer no barlavento algarvio

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Muitos portugueses estão a adiar a decisão de arrendar casa de férias no Algarve, apesar dos preços de algumas casas terem baixado devido à crise. Porém, os proprietários garantem que o mercado está muito semelhante ao de 2011.

«Nota-se que este ano as pessoas estão mais contidas, provavelmente devido à conjuntura económica, e atrasam a decisão de alugar. Sobretudo estão mais reticentes em adiantar o dinheiro», disse a mediadora imobiliária Mariana Mesquita, da empresa «Algarve to Visit», que se dedica ao mercado não classificado, cita a Lusa.

A empresária adianta que, devido ao atraso destas decisões, ainda tem apartamentos e vivendas para todos os meses do verão no sotavento algarvio. No entanto, Mariana Mesquita sublinha que agosto «é um mês que se vende só por si», independentemente dos preços, acrescentando que «pode haver alguma desvalorização, mas nos mercados menos interessantes, não para quem procura umas férias descansadas, em que se vai a pé para a praia». E, dá como exemplo, a Praia Verde.



Por sua vez, o seu colega José Coelho, da empresa «Zé das Casas», garante que o número de reservas de que tem é igual ao que tinha no ano passado, por esta altura, mas reconhece que este ano tiveram que ser feitas reduções em alguns apartamentos e vivendas que aluga, a preços que podem variar entre os 500 e os 2.300 euros por semana.

Por exemplo, um T2 em Vilamoura, para a penúltima ou última semana de julho, este ano está a 600 euros, enquanto no ano passado valia 750. José Coelho justifica a descida com as dificuldades que teve de alugar em 2011.



O empresário observa que os primeiros apartamentos e vivendas que aluga são os mais caros, alugados por quem «não regateia o preço», mesmo que este seja de 2.300 euros semanais, que é o que vale uma moradia com piscina em Vale de Lobo, na zona mais nobre do Algarve.

Do lado da oferta a crise económica está a colocar mais casas no mercado, pois «há gente que durante os meses de verão vai viver para casa de familiares» para poder alugar, refere um empresário que não se quis identificar.

No negócio das chamadas «camas não classificadas», ou «mercado paralelo», a antiguidade é um posto, assegura José Coelho, garantindo que «quem aluga de uns anos para os outros e se porta bem, os bons clientes, podem ter desconto e pagar menos de sinal».

Isto significa que pode pagar abaixo dos 50% exigidos para quem se integra no «contingente geral», quer receba ou não subsídio de férias.

Os números da AHETA

A taxa de ocupação hoteleira no Algarve desceu, em abril, 10% face a 2011, divulgou também esta segunda-feira a Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

De acordo com a AHETA, a taxa de ocupação média por quarto foi de 46,2%, menos 10,8% que no ano passado.

Já o volume de negócios total registou uma descida de 17,4% face ao período homólogo, o que «evidencia a redução dos preços praticados», releva, num comunicado citado pela Lusa.

Nos aldeamentos e apartamentos turísticos de cinco e quatro estrelas, registou-se uma descida considerável e nos hotéis e aparthotéis de duas estrelas uma subida.
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