Bancos antecipam diminuição da procura de crédito para comprar casa - TVI

Bancos antecipam diminuição da procura de crédito para comprar casa

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Banco de Portugal revela que bancos assinalaram uma «ligeira melhoria» no que se refere aos depósitos de longo prazo

A procura de crédito para comprar casa deverá diminuir no segundo trimestre deste ano, tendo já recuado nos primeiros três meses de 2013, segundo um inquérito feito pelo Banco de Portugal (BdP) a cinco grupos bancários.

O Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, em que o BdP interroga os bancos sobre a situação verificada no primeiro trimestre de 2013 e sobre as perspetivas que têm para o trimestre em curso, as instituições financeiras indicam que não anteveem «quaisquer alterações no caso dos empréstimos para consumo e outros fins».

No primeiro trimestre deste ano, os bancos registaram uma queda da procura de crédito para comprar casa, mas uma «relativa estabilização» da procura de crédito ao consumo e outros fins.

As instituições financeiras justificaram a redução da procura de crédito pelos particulares com a «diminuição da confiança dos consumidores, a deterioração das perspetivas para o mercado da habitação e a retração nas despesas de consumo de bens duradouros».

A Lusa acrescenta que o Banco de Portugal inquiriu também os bancos sobre o impacto da situação dos mercados financeiros no seu acesso a financiamento, concluindo que «o acesso dos bancos ao mercado através das habituais fontes de financiamento de retalho e por grosso permaneceu, em geral, inalterado no primeiro trimestre de 2013».

No entanto, os bancos reportaram uma «ligeira melhoria» no que se refere aos depósitos de longo prazo e outros instrumentos de financiamento a retalho, bem como em relação aos títulos de dívida de médio e longo prazo.

A instituição liderada por Carlos Costa interrogou ainda os bancos sobre o impacto da crise de dívida nas suas condições de financiamento, sendo que «a generalidade dos bancos não reportou alterações significativas nas suas condições de financiamento, nos critérios de concessão de crédito ou nos 'spreads' aplicados» ao longo do primeiro trimestre.

O banco central refere que, no geral, a perceção dos bancos indica que as condições monetárias e financeiras da economia «permaneceram consideravelmente restritivas» entre janeiro e março deste ano, mas salvaguarda que não se agravaram face ao trimestre anterior.

Apesar de as instituições financeiras apontarem que os critérios de concessão de crédito e as condições aplicadas aos empréstimos a empresas e a particulares permaneceram «praticamente inalterados», foi identificada «uma ligeira diminuição da restritividade no que se refere aos empréstimos ou linhas de crédito a pequenas e médias empresas (PME)».
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