Bombas: subir taxas dos pagamentos com cartão é «inadiável»

A Unicre respondeu esta quarta-feira à possibilidade de as gasolineiras suspenderem temporariamente pagamentos com cartões dizendo que a atualização das taxas praticadas, a primeira desde 2006, era «inadiável».

«A atualização das taxas em cerca de 0,2 cêntimos por litro ocorreu em 1 de janeiro de 2012, depois de uma reunião havida cerca de dois meses antes entre a Unicre e a Anarec, em que foram analisadas as razões da necessidade de proceder a este ajustamento aos valores que vinham sendo praticados desde há cinco anos», explica a associação que gere e emite cartões de pagamento, em comunicado citado pela Lusa.

A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec) está «a ponderar propor» aos associados a suspensão temporária de pagamentos com cartões de débito e crédito devido às taxas cobradas pela Unicre, ao mesmo tempo que admite apresentar queixa junto da Autoridade da Concorrência denunciando «a forma como a Unicre utiliza a sua posição dominante no mercado».

Por seu lado, a Unicre lembrou que a evolução das taxas de desconto no setor das gasolineiras partiu do zero, em «sentido ascendente», de modo a «acabar com a diferença existente» em relação a outros setores, nos quais o sentido das taxas foi em descendente.

«A atualização insere-se, pois, na lógica de gradual da redução das perdas e de aproximação aos outros setores. Tendo a última alteração das taxas de desconto nas gasolineiras ocorrida em Outubro de 2006, há mais de cinco anos, a alteração veio a tornar-se inadiável perante a conjugação do agravamento dos custos de financiamento e do aumento geral de custos operacionais», acrescenta a Unicre.

Ao mesmo tempo, estão em cima da mesa alguns projetos para reduzir os preços dos combustíveis.