Carro novo e mais barato? Tem menos de um mês para decidir e comprar - TVI

Carro novo e mais barato? Tem menos de um mês para decidir e comprar

Viagem de Negócios

Incentivos ao abate do seu carro velho terminam no final deste ano. Se quer comprar carro tem de pôr já o pé no acelerador

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O próximo ano não está para grandes caprichos. Quanto mais dinheiro juntarmos ao nosso mealheiro, melhor. O tempo é de aperto e comprar um carro novo não é indispensável. Mas para quem tem um automóvel a cair de velho, a precisar de ser substituído há muito, há alguns incentivos que pode aproveitar para poupar algum dinheiro. E compensa mesmo. Mas só até ao final do ano.

Dicas para quem quer trocar de carro

A partir de 1 de Janeiro de 2011, só os carros eléctricos ou aqueles que são considerados mesmo muito ecológicos - leia-se: terem emissões de dióxido de carbono inferiores a 130 g/km - é que vão continuar a ser abrangidos pelos incentivos ao abate de veículos em fim de vida. Os que são menos amigos do ambiente podem pagar até mais 600 euros por ano.

O aumento do IVA de 21% para 23%, o agravamento do imposto único de circulação e do ISV (Imposto sobre Veículos) também vão roubar mais uns trocos aos bolsos de quem quer aventurar-se na compra de um carro a partir do próximo ano.

«A partir de Janeiro, a situação é gravosa. Vai haver o aumento das tabelas do ISV em 2,2% com novo coeficiente e componente ambiente» pelo que a relação do seu carro com o ambiente vai, na verdade, passar a custar-lhe «mais 5%», explicou à Agência Financeira o secretário geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), Hélder Pedro.

Quanto dão pelo seu carro velho?

Para ser abrangido pelos descontos - de 750 euros quando o carro a abater tem 10 anos e mil euros quando tem 15 ou mais - não é tarde nem é cedo. Tem é de ser já.

«Para beneficiar do incentivo ao abate tem de ser agora, porque vai acabar com este Orçamento [do Estado para 2011]». Se for dono de um carro há mais de seis meses e matriculado há pelo menos 10 anos pode beneficiar destes incentivos até ao final do ano. Fica sem o seu carro, mas dão-lhe dinheiro por ele; uma quantia que pode ajudá-lo a comprar outro.

«É uma vantagem» para os consumidores. E as marcas de automóveis «também estão associar-se a este projecto» para fazerem disparar as vendas, já que o ano que vem se avizinha difícil.

«A previsão é de uma quebra nas vendas (de 17,5% no que toca aos veículos ligeiros), com as pessoas concentradas numa recessão cada vez mais eminente». Este ano, e graças ao incentivo ao abate, o crescimento do mercado total de ligeiros (passageiros e de mercadorias) será de 27,8%, depois de 2009 ter sido «o pior dos últimos 22 anos, com uma quebra de 24% nas vendas de ligeiros de passageiros».

Estado perde receita com fim do incentivo ao abate

Mas se, em 2011, «se mantivesse o incentivo ao abate, gerar-se-iam 136 milhões de euros de receita durante o ano» que iriam ajudar a engordar os cofres do Estado. O problema é que, diz Hélder Pedro, o Estado «vê a questão só pela perspectiva da despesa fiscal, que é de 30 milhões». Assim, pelas contas da ACAP, o dinheiro que poderia entrar para o Estado compensava esta lacuna.

Mas agora, «não há muito a fazer». O fim do incentivo ao abate foi aprovado no Orçamento do Estado. E «nem o próprio Governo», se quisesse voltar a trás, «poderia legislar sobre isso».

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