Carros híbridos são mais ecológicos e... mais caros - TVI

Carros híbridos são mais ecológicos e... mais caros

Deco testou vários modelos e comparou-os com os equivalentes a gasóleo e gasolina. Conheça as conclusões

Optar por um carro híbrido em vez dos tradicionais automóveis a diesel ou gasolina é mais ecológico, mas também pode sair mais caro. A conclusão é da Proteste, da DECO.

Os híbridos, que funcionam a gasolina e electricidade, despertaram o interesse dos portugueses. Só em 2010, foram vendidas mais de mil unidades. Mas a associação de defesa do consumidor testou 12 modelos de categorias diferentes e comparou os resultados com os equivalentes da mesma categoria com motores de combustão interna. Conclusão: os primeiros poluem menos do que os modelos a gasolina e gasóleo, mas não conseguem ser tão económicos como os últimos.

Segundo a Proteste de Setembro, a razão é esta: «o motor eléctrico apenas serve de auxiliar ao de combustão, o que acontece com frequência em cidade, mas não em estradas secundárias e muito menos em auto-estradas. Nestes casos, o motor de combustão é o mais solicitado, o que aumenta o consumo».

Não há bela sem senão

Os modelos bi-fuel funcionam a gasolina e GPL. «A utilização fica assim mais barata devido ao preço inferior do GPL, mas apresentam o inconveniente de terem níveis de emissões idênticos e não poderem estacionar em parques cobertos. Mais: o GPL também é um combustível fóssil, pelo que se mantém a dependência de uma fonte de energia não renovável», explica a DECO.

Já os automóveis híbridos combinam um motor a gasolina ou, mais recentemente, a gasóleo, com um eléctrico.

Nos modelos mais antigos, chamados de primeira geração, o motor eléctrico serve apenas de auxiliar ao de combustão: não se considera a autonomia. Na prática, as baterias carregam nas travagens ou quando o automóvel desacelera, mas este nunca é movido só a electricidade. Mas, ao funcionar como auxiliar ao motor de combustão, permite baixar o consumo de gasolina e polui menos.

Os híbridos de segunda geração (ou plug-in) já estão equipados com um motor eléctrico que funciona sozinho e cuja autonomia oscila entre os 20 e os 50 quilómetros. Podem ainda ser ligados a uma tomada normal para carregar a bateria ou aos postos de rua MOBIe.

Existem ainda os veículos 100% eléctricos que são mais ecológicos, têm custos de utilização baixos, mas uma autonomia limitada a cerca de 150 quilómetros. Outro inconveniente: se a bateria estiver totalmente descarregada, terá de aguardar seis a oito horas para obter a autonomia máxima. Deste modo, estes modelos são mais indicados para as deslocações na cidade.

Híbridos mais vorazes do que gasóleo

Para calcular a poupança dos híbridos face aos seus concorrentes a gasolina e gasóleo, a Deco os valores de consumo

misto para o mesmo tipo de combustível. Para tal, considerou as médias de cada segmento para viaturas com potência idêntica. «O consumo dos carros híbridos é, em regra, inferior ao de um automóvel equivalente a gasolina, mas não consegue atingir a economia dos veículos a gasóleo. Por exemplo, se abastecermos um pequeno familiar com 100 euros de combustível, conseguimos percorrer, em média, mais de 1.500 quilómetros se o motor for a gasóleo, um pouco menos com um modelo híbrido e menos de 1.000 quilómetros com gasolina», conclui.

A grande vantagem dos híbridos testados é «poluírem menos e, por isso, poderem pagar menos imposto de circulação».

A Deco concluiu ainda que os veículos a gasolina são os menos amigos do ambiente: face aos híbridos emitem entre 25 e 50 g/km de CO2 a mais. Já a diferença para os carros a gasóleo é inferior a 25 g/km, mas os híbridos continuam a poluir menos.

Ou seja: «um híbrido a gasóleo será a melhor solução ao nível do consumo e emissões. Os primeiros modelos estão prestes a chegar aos standes».

A Deco comparou e descobriu quais os carros mais baratos e com melhores consumos.
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