Casinos Estoril-Sol perdem 11% de receitas - TVI

Casinos Estoril-Sol perdem 11% de receitas

Jogo

«Estado crítico» dos casinos decorre da «desenfreada concorrência ilegal do jogo online»

O Estoril-Sol, grupo que explora os casinos de Lisboa, Estoril e Póvoa de Varzim, perdeu 11,2 milhões de euros de receitas de jogo entre janeiro e junho de 2012, conseguindo 91,2 milhões de euros no primeiro semestre. Trata-se de uma descida de 11% face ao período homólogo.

Nas contas enviadas à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo liderado por Stanley Ho pede uma «drástica revisão» do modelo contratual e tributário vigente entre o Estado e as concessionárias de casinos, para que estas possam continuar a sua atividade.

E, argumenta, o «estado crítico» dos casinos decorre da «desenfreada concorrência ilegal do jogo online» e exige um «urgente reequilíbrio económico-financeiro» das atuais concessões.

Entre 2008 e o primeiro semestre de 2012, as receitas acumuladas dos casinos portugueses caíram 95,2 milhões de euros e atingiram no primeiro semestre deste ano o valor mais baixo dos últimos treze semestres (140,8 milhões de euros), nota a Lusa.

As receitas de jogo representaram 96,6% do total das vendas e prestações de serviço do grupo Estoril-Sol no primeiro semestre, seguindo-se as receitas de restauração e animação.

Os Casinos do Estoril e de Lisboa obtiveram 71,2 milhões de euros de receitas, o que representa cerca de metade da quota de mercado.

Os gastos operacionais do grupo Estoril-Sol, que tem oito empresas subsidiárias, atingiram os 92,8 milhões de euros, menos 13,1 milhões de euros do que no semestre homólogo.

A descida verificou-se em todos os gastos, sobretudo na redução do imposto especial de jogo devido à quebra de receitas, na diminuição dos gastos com pessoal (38 trabalhadores despedidos em julho) e no corte de despesas com fornecimentos e serviços externos.

O resultado líquido consolidado do grupo foi de 218.691 euros, o que compara com um resultado de 2,8 milhões de euros registado no primeiro semestre de 2011.

O resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) foi de 18,4 milhões de euros, correspondendo a 19,4 por cento de margem sobre os proveitos, indicador que reflete uma melhoria de 2,1% face ao registado no período homólogo.

O endividamento financeiro consolidado, que em 2006 totalizava 248,4 milhões de euros passou para 133,9 milhões de euros no semestre em análise.
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