Crédito à habitação: «Spreads não têm condições para baixar» - TVI

Crédito à habitação: «Spreads não têm condições para baixar»

Nuno Amado

Presidente do Santander argumenta com «o risco que existe e as dificuldades de longo prazo»

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Os spreads no crédito à habitação não têm condições para diminuir este ano, na óptica do presidente do banco Santander Totta.

«Os spreads [margem de lucro do banco] no crédito à habitação aumentaram e, na minha perspectiva, não há condições para diminuir ao longo deste ano», disse esta terça-feira Nuno Amado, na conferência de imprensa em que foram divulgados resultados líquidos de 434,7 milhões de euros em 2010, uma queda de 16,9% face a 2009.

«O financiamento do Estado a cinco anos é feito a 6%, um crédito à habitação a 20 anos está a ser feito a 3,5%, ou seja, um spread a 2% mais taxa de juro. Não me parece razoável que possa baixar o custo do crédito com o risco que existe e as dificuldades a longo prazo».

O responsável defendeu a «promoção do mercado de arrendamento» uma vez que «Portugal já tem um nível de financiamento de crédito habitação como economia muito elevado».

E, frisou, a concessão de crédito à habitação «não pode crescer aos ritmos anteriores».

No balanço do crédito do Santander Totta os empréstimos à habitação representam 48%, um valor que o banco «não quer aumentar», sendo mesmo «natural que baixe».

O Santander Totta tem ainda como objectivo atingir um rácio de empréstimos sobre depósitos de 115%: «Temos um rácio de transformação de crédito em depósitos de 125 por cento e gostávamos de baixar em 10 pontos percentuais».
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