Crédito habitação: prestações voltam a subir - TVI

Crédito habitação: prestações voltam a subir

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Quem vir a mensalidade revista no mês que vem, pode contar com um aumento em Outubro

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Com o mês a chegar ao fim, é já possível prever que a média das taxas Euribor vai subir em Agosto, o que significa que as prestações do crédito à habitação também vão aumentar. Quem vir a sua prestação revista em Setembro, com base na média de Agosto, vai notar um aumento da mensalidade a pagar ao banco.

Tomámos como exemplo a Euribor a seis meses, que é a mais usada em Portugal como indexante dos créditos à habitação. Uma família que tenha um crédito de 150 mil euros a 30 anos e com um spread de 2%, pagava até agora 661 euros de prestação. A partir de Outubro passará a pagar 695, ou seja, estamos a falar de um aumento de 34 euros mensais.

Se compararmos a prestação com aquilo que pagava há um ano, estamos a falar de uma subida de 52 euros mensais num ano.

O aumento da prestação será mais ligeiro para quem tem crédito habitação indexado à Euribor a três meses e maior para quem tem a prestação indexada à taxa a 12 meses. Mas todos os contratos revistos em Setembro sofrerão um agravamento das mensalidades a partir de Outubro.

No entanto, a mais longo prazo, é possível antecipar também algumas boas notícias, porque a Euribor funciona como uma espécie de expectativa, em relação à taxa de referência do Banco Central Europeu (BCE). E a verdade é que não se esperam subidas da taxa do BCE tão cedo.

A maioria dos analistas acredita que o banco central vai manter a taxa inalterada até Junho do ano que vem, por causa da crise da dívida e do abrandamento da economia, mas há mesmo quem aposte que o BCE vai cortar a taxa de referência no início de 2012.

Ora quer isto dizer que, na pior das hipóteses, a prestação não deverá voltar a registar grandes subidas até lá e, pode inclusivamente baixar.

Certo é que nos últimos 12 meses as taxas de juro no crédito à habitação só têm vindo a aumentar, enquanto as casas valem cada vez menos e os bancos são acusados de meter dinheiro ao bolso na avaliação.
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