IRS agravado em 35%, escalão mais alto paga 54,5% - TVI

IRS agravado em 35%, escalão mais alto paga 54,5%

  • Ana Rita Leça
  • Paula Gonçalves Martins, Judite França e Carla Pinto Silva
  • 3 out 2012, 16:36

Ministro das finanças aponta para taxa média efetiva de 13,2%. Mas aumento no bolsos dos portugueses chega aos 35%

Os aumentos de impostos anunciados esta quarta-feira pelo ministro das finanças representam um agravamento de cerca de 35% no IRS em 2013.

Se juntarmos o efeito da redução dos escalões, de 8 para 5, que implica um agravamento da taxa média efetiva dos 9,8 para os 11,8%, com o efeito da sobretaxa de 4%, anunciada também para o ano que vem, a taxa média efetiva do imposto acaba por situar-se nos 13,2%, admitiu Vítor Gaspar.

Contas feitas, os portugueses vão pagar mais 35% do IRS a partir de 2013. O aumento médio do IRS anunciado por Vítor Gaspar, e que decorre do reescalonamento do imposto, junta-se uma sobretaxa que, ao contrário do que aconteceu no ano passado, não incidirá sobre um subsídio, mas sobre o rendimento mensal.

Assim, contas feitas, a taxa média efetiva de que o ministro das finanças falou esta quarta-feira, em conferência de imprensa, será assim de 13,2%, o corresponde a um aumento de quase 35% no IRS paga pelos trabalhadores portugueses.

No decorrer da conferência de imprensa, o próprio ministro das finanças reconheceu que este «é um aumento enorme de impostos».

Escalão mais elevado vai pagar mais de 54%

Com estas alterações, a taxa máxima do IRS, que atualmente se situa nos 46,5%, para rendimentos acima de 153.300 euros anuais, deverá ultrapassar, pela primeira vez, a fasquia dos 50%, atingindo os 54,5%.

Com o reescalonamento, não se sabe a partir de que valor será aplicada a taxa máxima, mas o ministro anunciou uma subida média de 2% nas taxas efetivas de imposto, mais uma sobretaxa de 4%, a que acresce ainda, nestes casos, a taxa de solidariedade de 2,5%.

Esta quarta-feira, o ministro anunciou assim um aumento do IRS e uma sobretaxa de 4% em 2013. Estes aumentos compensam o facto de a função pública receber um subsídio e os pensionistas 1,1 subsídios.

O Governo deixou ainda cair as cláusulas de salvaguarda no aumento do IMI, o que significa que o imposto sobe a doer já em 2013.

Os patrões, que também verão subir o IRC, avisam que consumo será arrasado.

A taxa de desemprego para 2013 foi revista em alta para 16,4%.

Gaspar tentou também explicar o que correu mal para serem necessárias mais medidas.
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