Salários em Portugal continuam ao nível de 2012 - TVI

Salários em Portugal continuam ao nível de 2012

Com ou sem troika no país, nível de salários-base dos portugueses parece destinado a estagnar

Os salários-base dos portugueses parece que estão destinados à estagnação. A troika saiu de Portugal em junho de 2014, mas desde esse tempo, pouco mudou no bolso dos portugueses.

O salário base dos trabalhadores estava em abril do ano passado nos 950 euros. Este valor é praticamente o mesmo registado em abril desde 2012, apesar da devolução de parte dos salários da função pública.

Contas feitas, em três anos, esse valor subiu apenas 50 cêntimos.

No entanto, durante esse período, o valor teve fortes oscilações. Em abril de 2013, o salário base subiu para os 963 euros, mas em abril de 2014 baixou para os 945 euros, segundo dados do Ministério do Trabalho.

Mulheres continuam a ganhar menos

Por género, verifica-se que as mulheres continuam a ganhar menos em relação aos homens. Mesmo assim, registaram uma subida mais significativa do salário base desde 2012, ou seja, 10 euros a mais, o que lhes dá um salário base de 849 euros.

Já os homens passaram a ganhar mais dois euros, para os 1035 euros.

Na semana passada o Observador Cetelem divulgou um estudo em que mostrou que ainda há quem não saiba quanto ganha, nem quanto gasta por mês.

Famílias nunca pouparam tão pouco como em 2015

A taxa de poupança das famílias voltou a cair em 2015 e de novo voltou a atingir mínimos históricos. Ou seja, os portugueses nunca pouparam tão pouco como no ano passado, já que os 4,2% de taxa de poupança foi o valor mais baixo desde pelo menos 1999, o primeiro ano para o qual há registo.

Nas contas nacionais trimestrais por setor institucional relativas ao último trimestre de 2015 consta que, no final do quarto trimestre do ano passado, a taxa de poupança diminuiu para os 4,2% do rendimento disponível, abaixo dos 4,4% registados nos 12 meses terminados em setembro.

Isto significa que se mantém "a tendência decrescente, embora a um ritmo menor que em trimestres anteriores", segundo o INE, que indica também que o rendimento disponível aumentou 0,5% em 2015, sobretudo devido ao "acréscimo das remunerações", que subiram 0,5%.

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