Seguradoras: negócios sobem 6% apoiados no crescimento dos PPR - TVI

Seguradoras: negócios sobem 6% apoiados no crescimento dos PPR

10 maneiras de poupar

APS diz que planos poupança-reforma aumentaram mais de 50%

A produção de seguro direto cresceu 6% no primeiro trimestre de 2013, com os planos poupança-reforma (PPR) a crescerem acima de 50%, indicadores «animadores» para a Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

«O problema das suas pensões é um problema que se põe. Os portugueses têm de poupar e os PPR são um produto vocacionado para essa necessidade dos portugueses», declarou o presidente da APS, Pedro Seixas Vale.

Até março, de acordo com os dados da associação, o crescimento da produção do ramo Vida ascendeu a 12,6%, estando a ser estimulado por um significativo acréscimo de contribuições para PPR (56,8%), mas também para outros produtos de capitalização (7,9%), hoje maioritários na composição do ramo.

Sobre os PPR, Seixas Vale admite que os benefícios fiscais dos mesmos são atualmente «reduzidos», mas estes têm um «caráter de segurança muito elevado» e uma «rentabilidade muito positiva».

Os dados disponíveis de 2013, embora apenas relativos ao primeiro trimestre, indiciam a inversão da tendência decrescente que afetou o ramo Vida nos últimos anos e a recuperação da capacidade de atração de poupanças para o setor segurador.

No que refere a outros ramos que não Vida, a APS assinala que o contexto macroeconómico «obviamente adverso» não deixou de condicionar a evolução de outros números.

«O volume de prémios [no ramo não Vida] caiu 4,3%, penalizado pela conjuntura macroeconómica, que afeta a evolução da massa segurável, e pela consequente pressão concorrencial no setor, que afeta os preços médios praticados. É neste contexto que se enquadra a queda de grandes ramos como os Acidentes de Trabalho (-12,7%), Automóvel (-5,0%) e Responsabilidade Civil Geral (-6,3%)», revelam as seguradoras.

Simultaneamente, e ao contrário do que tende a suceder em contexto recessivos, o volume global de custos com sinistros cresceu 4,8% neste período, reflexo dos temporais que assolaram o país em janeiro que, de acordo com as últimas estimativas reveladas pela APS, «terão gerado indemnizações da ordem dos 100 milhões de euros, sem dúvida um dos mais graves eventos da história do setor segurador português».
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