Portugal terá o segundo maior défice da zona euro em 2016, diz FMI - TVI

Portugal terá o segundo maior défice da zona euro em 2016, diz FMI

BCE mantém taxas de juro nos 4%

Segundo o Fundo Monetário Internacional, com os maiores défices deverão ficar França e Espanha

Portugal terá o segundo maior défice orçamental da zona euro este ano, de 2,9% do PIB, e também a segunda maior dívida pública, de 127,9%, segundo as projeções apresentadas esta quarta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

No Fiscal Monitor, um documento com as previsões orçamentais para vários países do mundo, hoje divulgado, o FMI calcula que França e Espanha sejam as economias da área do euro com défices mais elevados no final deste ano, nos 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em cada caso, seguindo-se Portugal, com um défice previsto de 2,9%, a Finlândia e a Bélgica (2,8%), a Itália e a Eslovénia (2,7%) e a Eslováquia (2,2%).

No relatório, que não inclui projeções para a Grécia devido às negociações em curso, a instituição liderada por Christine Lagarde antecipa que apenas quatro países do euro terminem o ano com um saldo orçamental positivo: o Luxemburgo (0,9%), a Estónia (0,5%), a Alemanha e Chipre (0,1%).

Quanto à dívida pública, o Fundo prevê que Itália apresente a dívida mais elevada entre os países do euro, nos 133% do PIB, seguindo-se Portugal (127,9%), a Bélgica (106,8%), Chipre (99,3%) e Espanha (99%).

Por oposição, entre as economias da moeda única europeia que deverão ter no final deste ano dívidas menores está a Estónia (9,7%), seguindo-se o Luxemburgo (21,7%), a Letónia (34,8%) e a Lituânia (42,1%).

Em 2021, o último ano para o qual o FMI apresenta projeções, Portugal continuará a ter o segundo pior desempenho orçamental na zona euro (com um défice de 2,8% do PIB), apenas ultrapassado pela Eslovénia (cujo défice deverá ser de 3,1%).

Já relativamente à dívida pública, a de Portugal deverá ser a mais alta, prevendo o FMI que seja de 123,8% em 2021, seguindo-se a italiana (121,6%) e a belga (102,9%).

Para a zona euro como um todo, o Fundo antecipa que o défice orçamental desça dos 1,9% este ano para os 0,3% em 2021 e espera que a dívida recue dos 92,5% para os 83,2% no último ano da projeção.

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