Grécia fora dos mercados até 2013 - TVI

Grécia fora dos mercados até 2013

Juncker

Quem o diz é o presidente do Eurogrupo. Bruxelas, FMI e Alemanha aprovam reestruturação da dívida grega

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A Grécia não poderá voltar aos mercados internacionais de dívida em 2012, avisou esta sexta-feira o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

«Para mim é claro que a Grécia não poderá regressar aos mercados financeiros em 2012», disse Juncker, citado pela Reuters.

Ao mesmo tempo, e perante o agravamento da dívida soberana da Grécia, a Comissão Europeia e o FMI são favoráveis a uma reestruturação da mesma, escreve o jornal alemão «Die Welt», na sua edição online.

Até agora, Berlim, Bruxelas e o FMI tinham recusado a hipótese de reestruturar a dívida helénica, sobretudo porque significaria perdas avultadas para os credores, entre os quais os bancos alemães, que ocupam lugar de destaque.

Agora, porém, face à complicada situação económica grega, parecem dispostos a aceitar não só uma prorrogação dos prazos do empréstimo de 110 mil milhões de euros a Atenas - que ainda nem sequer foi transferido na totalidade -, mas também uma reestruturação da dívida soberana.

Pano de fundo da mudança de opinião seriam, segundo o «Die Welt», os receios de que seja muito difícil fazer aceitar junto das opiniões públicas e dos governos dos restantes 16 países do Eurogrupo um pacote suplementar de ajudas à Grécia que poderia atingir 60 mil milhões de euros, como referiram várias órgãos de informação, no decorrer da semana.

No entanto, o Banco Central Europeu (BCE) e a França, outro país que é um grande credor da Grécia, continuam a ser contra a reestruturação, sublinha o «Die Welt».

Já o governo alemão estará agora a favor de uma reestruturação voluntária da dívida, como parte de um novo pacote de ajudas a Atenas.

Porém, nem o BCE nem o ministéro das Finanças alemão quiseram comentar a notícia.

Segundo o «Die Welt», a mudança de opinião de Bruxelas, do FMI e de Berlim baseia-se nas novas previsões da Comissão Europeia hoje apresentados, as quais prevêem que o défice orçamental grego atinja 9,5 por cento este ano, mais dois pontos percentuais do que a meta fixada no pacote de austeridade negociado entre Atenas, o FMI e a União Europeia, há um ano.

Uma notícia que sai no mesmo dia em que o BCE reafirmou que reestruturar dívida não é a solução para o problema da Grécia.
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