Islândia não precisa voltar ao mercado até 2017 - TVI

Islândia não precisa voltar ao mercado até 2017

Islândia

Reservas de 9 mil milhões de euros garantem tranquilidade financeira a Reiquejavique

A Islândia, que entrou em bancarrota em 2008, depois de o seu sistema bancário ter entrado em colapso, não precisa de regressar aos mercados de dívida durante os próximos quatro ou cinco anos, disse o responsável do banco central do país à Bloomberg.

Halldor Svein explicou que, nos últimos anos, o país acumulou reservas em moeda estrangeira no valor de 9 mil milhões de dólares.

«Temos até 2016, 2017 ou até mais que isso», afirmou, acrescentando que «não há pressa em voltar aos mercados nos próximos anos».



A Islândia começou na semana passada a reembolsar o Fundo Monetário Internacional (FMI) pelo resgate de 85 mil milhões de dólares que recebeu em 2008 e pagou já cerca de um quinto do total, antecipando-se à data prevista.

O ministro da Economia do país admitiu ao «Wall Street Journal» um eventual regresso aos mercados de dívida, depois da emissão bem-sucedida em meados do ano passado. A Islândia emitiu mil milhões de dólares em obrigações a cinco anos, em junho passado e os juros pagos pela sua dívida estão hoje bem abaixo do nível registado há um ano. O custo dos credit default swaps (CDS, uma espécie de seguro contra o risco de incumprimento) caiu 30% e é já inferior ao italiano.

Voltar a emitir obrigações é uma possibilidade «em aberto», disse, adicionando que «optaríamos provavelmente por um prazo mais longo», mais especificamente a 10 anos.

Steingrímur Sigfusson sublinhou que, com as melhorias no rating do país e a queda dos custos dos CDS, a situação financeira de Reiquejavique «melhorou».

A economia islandesa, com um produto interno bruto (PIB) de 13 mil milhões de dólares, vai crescer cerca de 2,5% este ano, segundo as previsões do FMI. No mesmo ano, a economia da Zona Euro deverá contrair-se 0,3%. A Islândia iniciou as conversações para a adesão à União Europeia em 2010 e o Governo islandês diz que quer aderir ao euro o mais rapidamente possível após a entrada na União.
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