Portugal testa mercados com empréstimo para pagar só daqui a 20 anos - TVI

Portugal testa mercados com empréstimo para pagar só daqui a 20 anos

Tesouro agendou leilão de dívida com duas linhas de Obrigações do Tesouro para esta quarta-feira. A outra, também de longo prazo, é a sete anos. Um teste aos mercados na semana de revisão de rating pela Standard & Poor's

O Estado português volta a tentar obter financiamento no mercado esta quarta-feira, como habitualmente, mas desta vez vai testar o apetite dos investidores num prazo maior, com um empréstimo a 21 anos. Uma emissão que surge a dois dias da revisão de rating por parte da agência Standard & Poor's e depois de o ministro das Finanças ter sido entrevistado pela CNBC dando garantias contra um segundo resgate a Portugal. 

Para além dessa linha de Obrigações do Tesouro, há ainda uma outra, a sete anos, com o objetivo de arrecadar, no total, entre 750 e 1.000 milhões de euros, segundo a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública..

O IGCP vai realizar no próximo dia 14 de Setembro pelas 10:30 horas dois leilões das linhas de Obrigações do Tesouro com maturidade em outubro de 2023 e em abril de 2037".

 

Na emissão a sete anos, que vence em outubro de 2023, o cupão anunciado é de 4,95%, ao passo que na emissão com maturidade mais longa o cupão é de 4,1%.

No último dia de agosto, Portugal vendeu dívida exatamente no montante de 1.000 milhões de euros. Em causa, estiveram obrigações a cinco e a 10 anos, conseguindo uma taxa de juro ligeiramente mais baixa na emissão de maturidade mais longa, mas um pouco mais alta na mais curta.

A taxa das Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos no mercado secundário, vista como indicador do risco soberano, fechou na terça-feira nos 3,283%. 

Esta emissão de dívida será, ainda, a primeira depois de o BCE ter decidido manter inalteradas a taxas em mínimos históricos e ter afirmado que o programa de compra de activos, no valor de 80.000 milhões de euros por mês, continuará até Março de 2017, ou mais tarde caso seja necessário. A entidade liderada por Mario Draghi prevê que a economia vá crescer menos do que se esperava.

 

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