Banca angaria mais de 3,6 milhões para vítimas de Pedrogão Grande - TVI

Banca angaria mais de 3,6 milhões para vítimas de Pedrogão Grande

Incêndio no distrito de Coimbra

Ainda há muitos particulares e empresas que querem contribuir. Para já a contabilização de donativos supera os nove milhões de euros

Os principais bancos portugueses conseguiram juntar, até ao momento, mais de 3,6 milhões de euros para as vítimas dos incêndios de Pedrogão Grande. Um valor que eleva o “bolo” total da ajuda para mais de nove milhões de euros. Pelo menos, do que foi possível apurar até esta quinta-feira porque ainda há muitos particulares e empresas que manifestaram vontade de contribuir com dinheiro ou donativos e ainda não o fizeram, aguardando a melhor opção possível. 

Dos 3.608.480 euros angariados pela banca mais de dois milhões chegam via Caixa Geral de Depósitos. Fonte oficial do banco público disse à TVI24 que ainda mantêm aberta a conta Solidária Caixa, para a qual o banco do Estado contribuiu com 50.000 euros.

A CGD constituiu um grupo de trabalho que inclui Fundação Gulbenkian e União das Misericórdias e Segurança Social, de modo a fazer chegar rapidamente a quem precisa o fruto dos donativos”, disse a mesma fonte.

Do dinheiro que está a ser recolhido pela União de Misericórdias, um dos montantes visíveis da solidariedade dos portugueses foi o valor de mais de um milhão de euros, gerado pelo espetáculo Juntos por Todos que se realizou na passada terça-feira no Meo Arena. Acrescido de cerca de 300 mil euros de receitas de bilheteira.

No que toca aos restantes bancos, em sete dias, que terminaram domingo, o Santander conseguiu captar 573.479,80 euros de 1.445 de transferências bancárias. Deste montante, o donativo do próprio banco foi de 500.000 euros.

Já a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) reuniu 425.000 euros. O donativo do grupo Montepio, que inclui 100.000 euros da própria CEMG, não está nesta conta, uma vez que vai ser aplicado pela Fundação Montepio. 

O valor angariado na conta solidária será canalizado na totalidade para o apoio local das populações e distribuídos pela União das Misericórdias, em estreita coordenação com as Misericórdias das localidades afetadas, entre outros parceiros relevantes para o processo”, explicou fonte oficial do grupo Montepio à TVI24

O Millennium BCP diz que conseguiu juntar, até esta quinta-feira de manhã, 350.000 euros do contributo de quatro mil pessoas. A conta fecha sábado à meia-noite.

E o Novo Banco conseguiu recolher 160.000 euros, dos quais 50.000 são o donativo da instituição. A conta estará disponível até esta sexta-feira e o valor total será entregue à Cáritas de Coimbra que depois se encarregará de o distribuir, consoante as necessidades, pelas populações afetadas pelos incêndios, esclareceu fonte oficial do banco.

Se ao montante de banca adicionarmos os cerca de 1.300.000 de euros do espetáculo solidário Juntos por Todos a quantia aproxima-se dos 5 milhões de euros de ajudas.

E os valores não ficam por aqui. É preciso juntar os 500.000 euros doados pela Fundação Calouste Gulbenkian na abertura de um fundo especial que a instituição constituiu, de apoio às organizações da sociedade civil da região que apresentem respostas adequadas às necessidades identificadas.

A que acresce, o fundo de 2,5 milhões da Associação Portuguesa de Seguradores de apoio para os familiares das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande. E o contributo que chegou do governo de Timor-Leste com 1,33 milhões de euros para ajudar vítimas de fogos.

Completamente direcionado para o apoio às escolas e alunos das regiões afetadas chegaram mais 500.000 euros da Fundação Aga Khan.

À TVI24, fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, disse que têm “recebido muitas manifestações de entidades privadas que querem contribuir com donativos para ajudar à revitalização das zonas afetadas pelo incêndio e apoiar as vítimas e famílias”.

O Conselho de Ministros da semana passada aprovou a criação do fundo de Apoio à Revitalização, que ainda está em fase de regulamentação mas que se espera muito em breve. “Só após a sua regulamentação estaremos em condições de reunir com estas entidades que já contactaram os vários ministérios e fazer um balanço [dos montantes ou bens que querem doar]”, acrescentou a fonte do ministério.

Um balanço que implica saber quem, além dos já conhecidos, contribui afinal e com o quê. Apesar de só contribuir para o fundo criado pelo Governo quem entender, porque há várias outras formas e iniciativas disponíveis para quem quiser ajudar. Para que depois os donativos sejam geridos entregues e fiquem à disposição de quem, realmente, precisa.

 

Continue a ler esta notícia

Mais Vistos

EM DESTAQUE