Barroso: Chipre mostrou que atrasos pagam-se caros

O presidente da Comissão Europeia diz que «a situação de Chipre provou que os atrasos têm custos muito elevados», e sublinhou a importância de mobilizar os recursos europeus tão rapidamente quanto possível.

«A situação em Chipre provou que os atrasos têm custos muito elevados e aqueles que mais sofrem com isso são, claro, os cidadãos. Por isso, é essencial não desperdiçar mais tempo», afirmou Durão Barroso, após ter recebido, na sede do executivo comunitário em Bruxelas, o Presidente cipriota, Nicos Anastasiades.

Durão Barroso advertiu que «a retoma vai necessariamente levar tempo», mas disse haver a noção de que «é importante ajudar Chipre a enfrentar as consequências sociais do choque económico», pelo que «os recursos disponíveis da União Europeia (UE) para Chipre devem ser mobilizados tão rápida e eficazmente quanto possível», cita a Lusa.

Segundo o presidente da Comissão, o programa de ajustamento acordado em março passado para Chipre é a «chave» para «uma nova partida para a economia cipriota», providenciando os remédios que permitirão ao país ultrapassar a situação na qual se encontrava «e que se revelou insustentável».

O presidente do executivo comunitário disse ainda que deu conta ao presidente cipriota da sua disponibilidade para reforçar o apoio da UE a Chipre, caso ambas as partes o solicitem.

Por fim, Durão Barroso garantiu ainda que «Chipre está e permanece firmemente ancorado na União Europeia e a União Europeia está determinada em ficar ao lado de Chipre e dos cipriotas nestes momentos extremamente difíceis».

Já Anastasiades disse que a decisão do Eurogrupo, na semana passada, de libertar a primeira tranche de ajuda para a ilha foi importante também na medida em que os parceiros europeus «reconheceram assim os esforços sinceros feitos pelo Governo e pelo povo cipriota», e assegurou que Chipre «cumprirá os seus compromissos».

O Presidente cipriota agradeceu ainda a iniciativa de Durão Barroso de «estabelecer um grupo de apoio para dar assistência técnica» nos esforços de Chipre no sentido de dar um novo impulso à sua economia e de «implementar as necessárias reformas e ajustamentos».