UE e BEI apresentam plano para mobilizar fundos para PME - TVI

UE e BEI apresentam plano para mobilizar fundos para PME

Bruxelas põe uma parte dos fundos e países podem pôr outra parte. BEI empresta o resto

A Comissão Europeia apresentou hoje um plano conjunto com o Banco Europeu de Investimento (BEI) que permitirá mobilizar fundos para as pequenas e médias empresas (PME), disse hoje, em Viena, o presidente do executivo comunitário.

«Hoje mesmo, a Comissão Europeia apresentou, conjuntamente com o BEI, um plano que consiste em mobilizar fundos para as PME», disse José Manuel Durão Barroso aos jornalistas portugueses, no final da reunião do Partido Popular Europeu (PPE).

O presidente do executivo comunitário explicou, citado pela Lusa, que a mobilização dos fundos para as PME será feita da seguinte forma: «a Comissão Europeia põe uma parte dos fundos estruturais como capital de início, os países que o quiserem [¿] podem pôr também parte dos fundos estruturais para esse objetivo e tudo isto tem depois um efeito de alavancagem financeira com empréstimos do BEI».

No âmbito desta proposta, adiantou Durão Barroso, compete a cada Estado-membro dizer que parte dos fundos estruturais quer mobilizar para apoiar o financiamento das PME, salientando que Portugal deverá ser um dos países a aderir a esta proposta.

Durão Barroso disse que a Comissão Europeia apresentou aos governos três opções deste plano, mas escusou-se a avançar os montantes em causa, afirmando apenas que são «muitíssimo consideráveis».

As propostas da Comissão Barroso serão discutidas hoje e sexta-feira pelos ministros das Finanças, que estão reunidos no Luxemburgo, e, depois, no Conselho Europeu da próxima semana.

Além do plano de apoio às PME, Durão Barroso disse que o executivo comunitário apresentou também medidas destinadas à criação de emprego para os jovens.

Neste âmbito, avançou o presidente do executivo comunitário, Bruxelas propôs que a verba de seis mil milhões de euros, destinada à garantia jovem, seja aplicada já em 2014 e 2015.

Nas declarações que fez aos jornalistas, Durão Barroso voltou a sublinhar a importância de existir um consenso, quer a nível nacional, quer a nível europeu, entre as principais forças políticas quanto à necessidade de ter uma «resposta integrada» para a crise.

No entender do presidente da Comissão Europeia, esta resposta integrada consiste em «continuar com prudência orçamental», em «dar um maior ímpeto às reformas estruturais para a competitividade», contemplando também a aposta no investimento.

«Não há uma medida mágica e aqueles que prometem este mundo e o outro, uma solução mágica, não estão a ser honestos com as populações. As soluções têm que ser complexas, são várias, assentam num conjunto integrado de políticas», concluiu o presidente do executivo comunitário.
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