Portugal e Irlanda: risco de contágio é real, admite ministro - TVI

Portugal e Irlanda: risco de contágio é real, admite ministro

Reunião do Ecofin discute situação dos dois países. Teixeira dos Santos insiste que as dificuldades orçamentais da Irlanda não têm comparação com o caso português

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Depois de ter anunciado, em declarações contraditórias, que o pedido de ajuda ao FMI está por um fio, o ministro das Finanças reconhece que o risco de contágio entre a Irlanda e Portugal é real.

Apesar disso, Teixeira dos Santos sublinha que as dificuldades orçamentais do Estado irlandês não têm comparação com o caso português.

Mas esta terça-feira, Portugal e Irlanda chegam a Bruxelas para a reunião do Ecofin numa posição frágil. Ambos vêm dizer aos parceiros europeus que não precisam de ajuda financeira, mas a dúvida, no caso irlandês, é «quando» precisará o país de ajuda.

O ministro das Finanças, que ontem parecia ver o Fundo Monetário Internacional perto do aeroporto da Portela, hoje opta por um «cada um por si», e admite que Portugal pode sofrer pelo risco de contágio irlandês.

Teixeira dos Santos não nega que «o risco de contágio existe». Temos, aliás, «vindo a senti-lo», nos mercados.

Mas se a Irlanda pedir ajuda, «Portugal tem de mostrar maior firmeza e determinação na opção que tomou: continuar presente no mercado e fazer ver que Portugal é diferente da Irlanda».

Mas distinguir os dois países não é tarefa fácil e ontem, pela primeira vez, o Governo irlandês sinalizou um possível pedido de ajuda a Bruxelas e ao FMI, numa altura em que os países europeus vêm o problema da Irlanda como uma ameaça à Zona Euro e à própria União Europeia.

Esta tarde, a situação dos dois países é discutida em Bruxelas, num encontro dos países da moeda única.
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