As famílias com pessoas entre 35 e 44 anos estão a ser as mais afetadas quando o tema é a quebra de rendimentos provocada pela pandemia.
O impacto no rendimento das famílias é maior quanto mais alto era o rendimento anterior. E neste caso, o rendimento líquido médio do trabalho, passou de 1.338 euros por indivíduo para 1.193 euros num cenário pós pandemia.
É mais uma das conclusões do Banco de Portugal, no seu Boletim Económivo de maio, que também revela que mesmo após as medidas de apoio do Governo e as moratórias dos créditos, o rendimento disponível das famílias tem uma redução média de cerca de 5%, decorrente de uma redução de 8,2% do rendimento do trabalho.
De acordo com a análise do regulador, metade das famílias pode financiar no máximo três meses e meio de despesas na ausência de qualquer rendimento. Já as famílias de rendimentos mais baixos conseguem apenas pagar pouco mais de um mês de despesas recorrendo a riqueza disponível no curto prazo.
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