Preço das casas para comprar ou arrendar já cai 20% em alguns locais - TVI

Preço das casas para comprar ou arrendar já cai 20% em alguns locais

Habitação

Há tendências novas no mercado e as visitas são muitas vezes virtuais

Abril não foi diferente de março e maio só vem confirmar a tendência de queda, do mês e meio anterior, no que toca ao preço das casas, seja para comprar ou arrendar.

À semelhança do que a TVI24 tinha feito há exatamente um mês, num trabalho da jornalista Paula Martins, voltámos a medir o pulso ao mercado e estivemos em direto no Instagram da TVI24 com o consultor imobiliário da Remax, João Rendeiro.

Seja no centro ou na periferia das grandes cidades, há exemplos de quebra de preços, na ordem dos 10% e 20% no caso da compra e perto de 20% se for para arrendar, assegurou.

O mercado está em flutuação devido ao impacto do coronavírus e da paragem da economia. A tendência será para os preços das casas baixarem e, devido à instabilidade financeira das famílias, no imediato, a melhor opção é o arrendamento”, sugeriu o consultor.

Na conversa no Instagram da TVI24, foi ainda mais longe e falou das novas tendências no arrendamento.

Arrendamento com opção de compra

É a possibilidade de arrendar a casa e o valor pago ser descontado na compra da mesma.

Alojamento Local

Com o impacto  no turismo em Portugal, muitos proprietários estão a passar os seus apartamentos para arrendamento tradicional.  Este facto tem dois pontos positivos. Em primeiro lugar haverá muito mais oferta no mercado para arrendamento e em segundo vão aparecer mais imóveis a preços abaixo da média.

Partilha de casa

A alternativa pode passar pela utilização destes imóveis em conceitos de coliving, a partilha de casa entre várias pessoas, ou o arrendamento para estudantes.

Arrendamento de curta duração

A prática de contrato mais curtos, de duração entre 3 e 6 meses, pode ser mais frequente.

Quanto à compra, João Rendeiro não tem dúvidas que numa primeira avaliação e ainda sem valores oficiais para o conjunto do estado de emergência, “os melhores sítios para comprar casa, no imediato, são as periferias, fora do centro das cidades.”

E deixa alguns exemplos destas descidas um pouco por todo o país:

Apartamento no Martim Moniz https://www.idealista.pt/imovel/29037298/

Baixa de preço = 14%

Apartamento T3 parque das Nações - https://www.idealista.pt/imovel/30430124/

Baixa de preço = 13%

Apartamento T2 Amadora - https://www.idealista.pt/imovel/30402503/

Baixa de preço = 17%

Moradia em Albufeira - https://www.idealista.pt/imovel/30296612/

Baixa do preço = 10%

Apartamento T2 Porto - https://www.idealista.pt/imovel/30283406/

Baixa de preço = 14%

NOTA: segundo o consultor estes exemplos podem ter alterações em termos de preços finais de venda, já que as bases de dados ainda não foram atualizados porque, praticamente, não houve transações.

O sentimento de quebra de preços já esta partilhado pelo CEO da Century 21 Portugal, Ricardo Sousa, no início de abril: “No mês de março os valores dos imóveis mantiveram-se estáveis. A curto prazo, apenas antecipamos descidas de preços dos imóveis por parte de famílias e investidores com urgência em vender, para fazer frente a necessidades de liquidez imediata. Nestes casos, os descontos podem situar-se entre os 10% a 15%”.

Mas o efeito da pandemia na economia vai estender-se muito para lá do estado de emergência.

"A crise económica consequente à crise sanitária terá um impacto natural nos valores dos imóveis, para os quais se prevê um ajuste genérico de preços”, referiu Ricardo Sousa à TVI na ocasião.

Além disso, a procura de casas para comprar baixou cerca de 92% durante o estado de emergência e cerca de “20% dos negócios, já com Contrato de Promessa Compra e Venda (CPCV) assinado, foram cancelados, mesmo, em alguns casos, perdendo o valor de sinal para reserva do imóvel”, afirmou o consultor imobiliário, João Rendeiro.

O preço para quem quer comprar poderá ainda, nesta fase, descer pelo efeito da nova construção, que não parou, versus a paragem no mercado de casas usadas. No somatório: aumento da oferta de casas que também faz com que o preço baixe nas casas usadas.

Sobre os desafios do sector, e tendo em conta que quase parou durante, João Rendeiro mostrou o que o setor anda a fazer em tempo de menor confinamento.

“Houve um grande salto tecnológico no imobiliário, tornando o processo muito mais célere e menos informal, ao mesmo tempo que se proporciona ao cliente uma melhor experiência durante o processo de compra da casa”, garantiu, dando exemplos da tecnologia: :

- Visitas Virtuais - disponível online nas plataformas imobiliário

- Visitas em Videochamada – interatividade com o cliente

- Visitas em vídeo - disponível online nas plataformas imobiliário

- Open House virtuais – tal como uma open house, estas são divulgadas na zona onde o imóvel se encontra

- Reuniões com clientes por videochamada

Numa segunda fase do processo, e sobre as medidas de segurança que tranquilizem potenciais clientes, disse ainda no direto do Instagram que “visitas reais carecem da utilização de máscara obrigatória e desinfeção de mãos”, acrescentando que “nas visitas em casas habitadas os proprietários saem de casa e há a utilização obrigatória de máscara e luvas, só entrando uma pessoa de cada vez.”

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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