Seguro ou plano de saúde: não confunda e saiba o que escolhe antes de decidir - TVI

Seguro ou plano de saúde: não confunda e saiba o que escolhe antes de decidir

Tudo depende do que quer e do que pode pagar, mas veja com atenção

A saúde é o nosso bem mais precioso. Cuidar dela em temos difíceis, como estes, traz dificuldades acrescidas e pode custar mais. Se é visível a crescente procura dos seguros de saúde para fazer face às carências do Serviço Nacional de Saúde em algumas especialidades e aos elevados tempos de espera, também é verdade que não basta contratar um seguro para resolver os problemas. Depende do que contratamos e como utilizamos.

A Deco Proteste lançou um simulador, que pode ser mais uma ferramenta para quem precisa de esclarecimentos, quer um seguro ou quer alterar o que já tem.

A economista Mónica Dias esteve na Economia 24 e respondeu a várias dúvidas:

Quais os cuidados a ter na escolha de um seguro de saúde?

Devemos ter em conta vários critérios na altura de escolher um seguro de saúde (ex: coberturas e respetivos limites de capital, comparticipações, copagamentos e franquias, períodos de carência, limites de idade, exclusões).

São produtos extremamente complexos. A oferta é muito vasta e variada e a escolha, definitivamente, não é fácil.

Franquia e período de carência. O que são?

O período de carência é o que vai desde o momento da subscrição até ao momento em que o consumidor pode utilizar o seguro. Se contratar o seguro hoje, na maior parte das coberturas, só poderá utilizar o seguro após três meses. A franquia é a parte que fica sempre a cargo do segurado. A parte que terá de pagar. Por exemplo, uma franquia zero pode encarecer o seguro, mas significa que não pagará nada no momento de aceder a determinado serviço de saúde.

Entre que idades podemos fazer um seguro de saúde?

Há uma apólice no mercado que não tem limite de idade ou exclusões e a seguradora não poderá por fim ao contrato. Tem características especiais porque é comercializada por uma mutua de seguros francesa. Nos restantes casos, só é possível subscrever um seguro de saúde até aos 60 ou 65 anos. Acresce que quando a pessoa faz 70 anos, normalmente, é excluída, automaticamente, das coberturas do seguro. A menos que tenha subscrito a apólice antes dos 45 anos, mas como os contratos são anuais nada impede a seguradora de, no final do ano, recusar a renovação.

Porquê a necessidade da Deco Proteste criar um simulador?

Por causa da grande complexidade dos produtos, da oferta muito vasta e diversificada e da dificuldade de comparação entre pacotes predefinidos. Qualquer consumidor pode simular, não precisa de ser nosso associado. Basta que insira informações básicas, como o número de pessoas que quer incluir no seguro, idades e coberturas a contratar. O simulador apresenta as apólices que revelam a melhor relação qualidade/ preço. Pode ainda ver todas as restantes ofertas no mercado e se quiser avançar para o processo de subscrição é possível fazê-lo online - os dados serão enviados para o parceiro que depois contata o consumidor para concretizar a subscrição.

O simulador tem todos os seguros que há no mercado?

Asseguramos uma representatividade de mercado superior a 80%. Embora na plataforma mostremos os três melhores seguros para aquele perfil, é possível aceder as todos os resultados e ofertas disponíveis.

Um seguro de saúde é diferente de um plano de saúde?

As pessoas, muito por culpa da publicidade, confundem estes conceitos, mas tratam-se de produtos completamente diferentes e com custos que não são comparáveis:

- Os seguros de saúde são planos com um limite de capital associado – é a seguradora que paga os cuidados de saúde, diretamente aos prestadores, quando efetuadas dentro da rede, ou reembolsa o segurado das despesas efetuadas fora da rede. Há uma seguradora que assume o risco e são tituladas por uma apólice de seguro.

- Os planos de saúde permitem o acesso a uma rede de cuidados médicos com desconto. Não há exclusões, limites de idade ou plafonds porque é o consumidor que paga tudo do seu próprio bolso, mas com um desconto. Servem sobretudo para aceder a consultas a preço mais reduzido. Não existe uma seguradora por trás a assumir o risco. Têm a sua utilidade, por exemplo, a partir de determinada idade se a pessoa já nõ consegue subscrever um seguro ou não tem dinheiro que lhe permita pagar o prémio de um seguro de saúde, mas tem de saber o que está a subscrever

Algum seguro cobre situações de Covid? Quais?

As pandemias estão excluídas dos seguros de saúde, à exceção da mutua de seguros francesa, MGEN, que referi antes. O que muitas seguradoras fazem é comparticiparem os testes de despistagem para a Covid-19 e muitas comparticipam os equipamentos dos profissionais de saúde, mas não as despesas com qualquer tratamento.

 

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