Gás da energia trava maiores perdas na bolsa de Lisboa - TVI

Gás da energia trava maiores perdas na bolsa de Lisboa

Em causa, o fato dos preços do petróleo estarem a subir nos mercados internacionais. Pela negativa, a Jerónimo Martins e a NOS continua a ter uma má semana bolsista

A bolsa portuguesa está a negociar quase na linha de água com o PSI20 nos 4.678,03 pontos, num dia em que Portugal volta ao mercado - para colocar dívida a três e 11 meses, num leilão de Bilhetes do Tesouro, onde espera arrecadar entre 1.000 e 1.250 milhões de euros - e em que o contributo da energia é definitivo, com a EDP destacada, a subir 0,28% para 2,99 euros.

Em causa, o fato dos preços do petróleo estarem a subir nos mercados internacionais depois dos dados do Instituto Americano do Petróleo indicarem que os inventários recuaram, na semana passada, para os 3,8 milhões de barris, de acordo com a Bloomberg. Acrescem as declarações do secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Mohammed Barkindo, que assegurou que a Rússia não vai deixar de cooperar com o cartel no sentido de estabilizar o mercado da matéria-prima.

Em Londres, o Brent, que serve de referência às importações portuguesas, cresce 1% para 52,22 dólares por barril.

Nota também para a EDP Renováveis que, após o fecho de ontem, anunciou que a eletricidade que produziu aumentou 20% nos primeiros nove meses de 2016, impulsionada pelo crescimento da capacidade e uma ligeira subida do fator de utilização.

Na banca é, aparentemente, um dia de tomada de mais-valias já que, depois de ontem ter chegado a subir mais de 10%, o BCP cai 2,92% para 0,0166 euros. O banco convocou uma assembleia-geral para deliberar sobre o aumento do limite máximo de votos para 30%, dos atuais 20%, indo ao encontro de uma das condições impostas pela chinesa Fosun para entrar como acionista e reforçar o capital do maior banco privado português.

Pela negativa sai também, e mais uma vez, penalizada a Jerónimo Martins. Depois dos analistas se terem mostrado preocupações com os impactos do novo imposto sobre o património e da quebra de vendas, que o novo imposto sobre os refrigerantes provoca, foi a vez da associação do setor. Ontem a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição contestou a introdução de um adicional ao IMI e assegurou que o  "novo imposto" terá um impacto a rondar os 20 milhões de euros. A retalhista Jerónimo Martins cai 0,24% para 16,220 euros.

Nas comunicações, a NOS está a ter uma semana pouco animadora – desce 0,44% para 5,760 euros – com a banca de investimento a dizer que a aposta da empresa nos conteúdos desportivos terá impactos a que é preciso dar atenção do curto prazo e que vão travar os resultados operacionais do trimestre.

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