Empreendedorismo: a «febre» de ideias que contagiou 9 amigos (III) - TVI

Empreendedorismo: a «febre» de ideias que contagiou 9 amigos (III)

Bainha de Copas, Aladina, Estado d'Graça, O Meu Monstrinho, Be With Me, Estúdio Fera, Eva Maria e Wallphabet. Projetos-paixão, para além do emprego

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BAINHA DE COPAS

Graça, o motor desta equipa, prefere falar no coletivo - é porque ele existe que a máquina tem andado para a frente.

Nova dica para empreendedores: « Não podemos achar que conseguimos fazer as coisas sozinhos. Devemos testar muito com as pessoas em quem confiamos, ou por afinidades ou por total antagonismo - testando, testando e falar da ideia. Às vezes há muito aquela coisa de não vou falar desta ideia; vou guardá-la, porque senão alguém ma apanha. Não apanham, a ideia tem muito daquilo que é a nossa personalidade, a nossa essência».

O importante é, assim, «ter um núcleo duro de pessoas a quem sabemos que podemos recorrer quando queremos evoluir para alguma coisa». Este grupo é a prova disso.

A Bainha de Copas já existia desde 2006, mas sem nome. «Já fazia coisas completamente artesanais e toscas com bainhas passadas a ferro. Nem sequer sabia coser grande coisa, mas as pessoas compravam pela piada que era ou pela junção de materiais e diziam porque é que não fazes isso mais a sério? Devias. O devias foi entrando-me na cabeça, tomou forma e ganhou nome em 2010», contou ao tvi24.pt.

«A sorte que eu tive foi de estar a trabalhar num sítio muito criativo e em que as pessoas têm todas competências muito complementares. E é aí que entra a dinâmica toda que torna o projeto rico».

Quando a contactam, fazem-no sempre no plural. «Dizem: Vocês fazem? Vocês conseguem? E porquê? Porque de facto dá o aspeto de que é impossível que uma pessoa sozinho faça isto, sem ser a tempo inteiro, com boa imagem, bom produto e que ainda consiga falar com as pessoas e responder-lhes, embalar as roupas, escrever os envelopes à mão e enviar pelo correio».

A paixão explica tudo. «E eu sei que a minha paixão é esta. É o que eu digo quando alguém se quer lançar numa ideia ¿ tem de ser alguma coisa com a qual nos identifiquemos a 150% no mínimo, porque há um dia em que vamos acordar a 70% e, se não nos lançarmos a 150%, nesse dia aquilo acaba. Nesse dia desmorona, depois esboroa, depois esfria e depois acabou».

Susana volta a entrar na conversa e defende que as pessoas têm de experimentar muitas coisas. «Eu não sabia costurar, nem sabia que ia fazer bonecos. Muito antes de fazer bonecos já tinha feito outras coisas. É tentar sempre, até encontrar. Não é ficando em casa que vai encontrar o que gosta de fazer. Tem de gostar muito, mas para descobrir que gosta muito tem de procurar fazer. Só experimentando é que vai saber».

Até já se deparam com pessoas a pedirem-lhes conselhos para montarem negócios iguais aos seus.

ESTÚDIO FERA

É dos projetos mais recentes, com menos de um ano. Sofia e Pedro são namorados. «Ele já é ilustrador e tem o seu caminho desbravado e, em casa, como somos os dois muito criativos, começámos a trabalhar juntos. A mim dá-me muito gozo, como gosto muito de ilustração, e acreditamos que a ilustração e o design podem fazer uma coisa única juntas. Não há nada no mercado que ofereça alguém que faça ilustração como o Pedro faz e um designer completamente assumido. Existe sempre um designer que é um ilustrador frustrado e um ilustrador que tenta fazer design, mas não faz».

Adoram a liberdade que têm para fazerem o que lhes apetece, «desde a ilustração de um livro a um editorial completo, design têxtil (agora com a Bainha)». Etc. Etc.

Acreditam que estão a criar um universo próprio e há quem já se tenha rendido ao conceito. «Não sei se é por termos um nome um bocadinho pomposo, mas as pessoas não pensam que aquilo não é uma assoalhada de uma casa. Já entraram em contacto connosco para estagiar no Estúdio Fera».

E a rede continua...
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