PT: sindicato quer outra AG para discutir reversão da fusão PT e Oi - TVI

PT: sindicato quer outra AG para discutir reversão da fusão PT e Oi

Reunião magna está marcada para quinta-feira, depois de ter sido adiada por 10 dias. Ponto único é a votação da venda da PT Portugal à Altice

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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PT (STPT), Jorge Félix, defendeu hoje «a interrupção da assembleia-geral da PT SGP», marcada para quinta-feira, e a marcação de uma nova para discutir a reversão da fusão com a Oi.

«A situação de reversão da fusão [entre a PT SGPS e a brasileira Oi] é fundamental, mais fundamental do que neste momento decidir sobre a venda da PT Portugal», disse Jorge Félix, à entrada daquele que é o segundo encontro com o presidente da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários para discutir o futuro da empresa.

Esta é a posição do sindicato depois de ter sido divulgada pela PT SGPS, na passada quinta-feira à noite, a informação que tinha sido pedida pelo regulador, assim como uma carta em que Henrique Granadeiro, o ex-presidente do Conselho de Administração da PT SGPS, defende a reversão do negócio.

Motivos pelos quais, o sindicato considera que «tem de haver a interrupção desta assembleia-geral de quinta-feira», cujo único ponto na ordem de trabalhos é a venda da PT Portugal à Altice, e «a marcação de uma nova», mas «para discutir a questão da reversão da fusão».

Além disso, acrescentou que o STPT escreveu uma carta de sensibilização aos acionistas de referência nesse sentido.

Jorge Félix adiantou que vai questionar a CMVM sobre «a necessidade ou a possibilidade do princípio da fusão ser discutido, analisado e decidido em consciência pelos acionistas» e perguntar se o regulador considera que a informação divulgada pela PT SGPS já é suficiente para uma decisão dos acionistas em consciência na próxima quinta-feira.

«Temos dúvidas de que assim seja e, portanto, queremos ter esta conversa com o Dr. Carlos Tavares [presidente do regulador] para sabermos também qual a posição concreta que o próprio sindicato, apesar de ser acionista minoritário, vai ter», disse Jorge Félix.

Na semana de todas as decisões, a PT SGPS continua a acumular perdas na Bolsa de Lisboa. Às 10:43 as ações da cotada já negociavam abaixo dos 60 cêntimos (0,57 euros), o preço de um café, depois de um tombo de 11%. 

Só nos primeiros 19 dias de janeiro a PT SGPS já perdeu um terço do seu valor.  
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