O primeiro-ministro mostrou-se preocupado, durante o debate do Estado da Nação, sobre o que se passa na PT, com cortes e transferências de trabalhadores em curso, o que já levou os trabalhadores a anunciar um greve geral para 21 de julho.
António Costa foi questionado por alguns deputados sobre esta situação e foi direto na resposta e nas críticas à empresa que pertence, agora, à francesa Altice.
Tenho receios sobre a evolução da PT, a forma irresponsável como foi feita privatização, receio que possamos ter novo caso Cimpor, pondo em causa postos de trabalho e a própria empresa".
Falhas de rede em Pedrógão Grande
Foi mais longe, dando o exemplo do que aconteceu durante os incêndios que começaram em Pedrógão Grande, relativamente à cobertura das operadoras. Deu a entender que a MEO falhou e "isso é muito grave".
Cá por mim já fiz escolha da companhia que utilizo".
Cerca de 300 funcionários concentraram-se ontem em frente às instalações da empresa no Porto, apelando ao Executivo socialista que impeça a administração de levar a cabo transferências e rescisões de contratos de trabalho.
Hoje, o primeiro-ministro acabou, no entanto, por fazer apenas aquelas declarações, sem deixar promessas, nem soluções aos trabalhadores.
Foi a 30 de junho que a PT Portugal anunciou internamente que iria transferir 118 trabalhadores para empresas do grupo Altice e Visabeira, esta última parceira histórica da operadora de telecomunicações, cujo processo estará concluído no final deste mês. Antes, no início do mês passado, a operadora tinha anunciado a transferência de 37 trabalhadores da área informática da PT Portugal para a Winprovit.