Dívida direta do Estado aumentou 1,7% em julho face a junho - TVI

Dívida direta do Estado aumentou 1,7% em julho face a junho

  • .
  • Publicada por ALM
  • 21 ago 2020, 13:54
Cristina Casalinho 

De acordo com a agência que gere a dívida pública portuguesa, a variação "ficou a dever-se, essencialmente, ao acréscimo do saldo de OT [Obrigações do Tesouro]" em 5.489 milhões de euros

 A dívida direta do Estado aumentou 1,7% em julho relativamente a junho, para os 259.501 milhões de euros, divulgou hoje a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP.

Em 31 de julho de 2020, o saldo da dívida direta do Estado cifrou-se em 259.501 milhões de euros, aumentando 1,7% face a junho de 2020", pode ler-se no boletim mensal do IGCP, hoje divulgado pela entidade presidida por Cristina Casalinho.

De acordo com a agência que gere a dívida pública portuguesa, a variação "ficou a dever-se, essencialmente, ao acréscimo do saldo de OT [Obrigações do Tesouro]" em 5.489 milhões de euros.

Para o aumento do saldo de OT "contribuiu a emissão do novo 'benchmark' a 15 anos (OT 0,9% OUT2035)", com o valor nominal de 4.000 milhões de euros "e a emissão, por leilão, da OT 2,875% JUL2026 [vencimento em julho de 2026]", com o valor nominal de 512 milhões de euros, "bem como da OT 0,475% OUT2030 [vencimento em outubro de 2030]", com o valor nominal de 977 milhões de euros.

Por outro lado, verificou-se uma redução do saldo de BT [Bilhetes do Tesouro], explicada pela amortização do BT 17JUL2020 [vencimento em julho de 2020]", no montante de 2.706 milhões de euros, "que mais do que compensou os dois leilões realizados, nos montantes de 520 milhões de euros (na linha a seis meses BT 15JAN2021) e 1.360 milhões de euros (na linha a 12 meses BT 16JUL2021)", pode também ler-se no boletim mensal.

Já os saldos de Certificados de Aforro e de Certificados do Tesouro registaram, respetivamente, aumentos de 26 milhões de euros e 94 milhões de euros.

O saldo de CEDIC [Certificados Especiais de Dívida de Curto Prazo] aumentou 18 milhões de euros e as contrapartidas das contas margem recebidas no âmbito de derivados financeiros registaram um decréscimo de 157 milhões de euros", segundo o documento.

O IGCP adianta ainda que "adicionalmente, o stock de dívida diminuiu em 231 milhões de euros pelo efeito decorrente das flutuações cambiais da generalidade dos instrumentos de dívida denominados em moeda não euro avaliados ao câmbio do último dia de julho".

Incorporando o efeito cambial favorável da cobertura de derivados, correspondente ao valor nocional dos 'swaps' de cobertura de capital, que ascendeu a 411 milhões de euros em julho, o valor total da dívida após cobertura cambial situou-se em 259.090 milhões de euros, um acréscimo de 1,8% face ao mês precedente", de acordo com a agência que gere a dívida pública portuguesa.

Continue a ler esta notícia