Greve de quatro semanas ao trabalho suplementar nos portos começa hoje - TVI

Greve de quatro semanas ao trabalho suplementar nos portos começa hoje

  • 13 ago 2018, 07:20
(REUTERS)

Em causa está a "crescente proliferação de práticas anti-sindicais nos diversos portos portugueses, revestindo-se estas de extrema gravidade no Porto de Leixões, permanecendo ainda graves no Porto do Caniçal”

Os trabalhadores portuários iniciam hoje uma greve de quatro semanas ao trabalho suplementar, que terminará em 10 de setembro, um protesto convocado pelo Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL).

Em causa está a "crescente proliferação de práticas anti-sindicais nos diversos portos portugueses, revestindo-se estas de extrema gravidade no Porto de Leixões, permanecendo ainda graves no Porto do Caniçal”, afirma o sindicato no pré-aviso de greve.

O presidente do SEAL, António Mariano, disse à Lusa ser “difícil” estimar o impacto da greve, uma vez que o pré-aviso é de âmbito nacional, abrangendo “todos os trabalhadores nos oito portos, sejam sindicalizados ou não, e também os precários”.

A paralisação abrange os portos de Leixões, Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal, Sines, Caniçal, Praia da Vitória e Ponta Delgada.

De acordo com o pré-aviso do sindicato, a greve incide sobre “todo o trabalho suplementar, ou seja, sobre todo o trabalho que ultrapasse o turno normal de trabalho ou um turno de trabalho diário, em dias úteis, e sobre todo o trabalho em sábados, domingos e feriados”.

O sindicato acusa as empresas portuárias de “comportamentos criminosos”, afirmando que há “assédio moral, desde a perseguição à coação, desde o suborno à discriminação”, ou “ameaças de despedimento” e “chantagem salarial”, com o objetivo de “colocar os trabalhadores uns contra os outros” e também “evitar que os mesmos procedam à sindicalização de forma livre e consciente”.

Este conjunto de práticas levou a um manifesto emitido há mais de um ano, com o levantamento de situações concretas, “do qual foi dado conhecimento às tutelas do setor portuário e do Trabalho”, mas “estas criminosas situações continuam impunes”, segundo o SEAL.

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