Trabalho flexível veio para ficar em Portugal - TVI

Trabalho flexível veio para ficar em Portugal

  • ALM
  • 4 jun 2020, 14:36
Trabalho

Atualmente, apenas 19% das empresas incluídas no estudo referiu não ter implementado esta prática

A pandemia veio alterar a forma como as empresas trabalham. Um estudo sobre trabalho flexível, realizado pela Mercer em centena de empresas, mostra que 58% tinha adotado flexibilidade no horário de início e fim da jornada de trabalho antes da Covid-19.

O mesmo documento refere que 24% admite “ter implementado esta prática após a pandemia ou ter intenções de vir a implementar nos próximos 18 meses.”

Atualmente, apenas 19% das empresas incluídas no estudo referiu não ter implementado esta prática.

Outras práticas de trabalho flexível analisadas pelo estudo incluem: trabalho em part-time (trabalhar menos de 40 horas por semana); 4 dias de trabalho por semana ou horários de trabalho condensado (4/5 ou 8/10); desempenho com base em contributos ou resultados, sem horário fixo de trabalho ou local permanente exigido; licenças sem vencimento/sabáticas (por motivos de parentalidade, de saúde ou outras licenças impostas pelo governo); trabalho intensivo por turnos; regresso faseado ao trabalho para novos pais; dias de férias suplementares; escalonamento de horários.

O estudo conclui que a pandemia “foi um dos principais impulsionadores (business drivers) para a introdução da flexibilidade no trabalho, com cerca de 65% das empresas a considerar este motivo como o fator-chave. Cerca de 57% referiu que a eficiência é também um business driver para este formato de trabalho e 48% considera a agilidade e também a mobilidade como elementos-chave para a introdução do trabalho flexível na sua empresa.

“A pandemia mudou a nossa forma de trabalhar” refere Marta Dias, líder de estudos de mercado da Mercer Portugal. “Este estudo ajuda-nos a perceber de forma clara que foi este o fator desencadeador na introdução do trabalho flexível e de novas formas de trabalhar até então pouco adotadas sobretudo nos setores mais tradicionais. Estamos certos de que o “novo normal” passa também por uma “nova forma de trabalhar”.

O estudo refere ainda que, 57% das empresas inquiridas assume ter planos para fazer alterações no espaço de trabalho, nos próximos meses; e 88% pretende que esta mudança inclua uma transição para espaços mais flexíveis, com uma dinâmica mais ágil ou mesmo virtuais. Cerca de 3 em cada 10 empresas (31%) que pretendem esta mudança, têm preferência por espaços mais flexíveis; e 43% prefere um local de trabalho que seja mais ágil.

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