Governo: despesas em consultadoria são «absolutamente essenciais» - TVI

Governo: despesas em consultadoria são «absolutamente essenciais»

Dinheiro

São 53 milhões de euros que o Estado prevê gastar em 2011 em estudos e consultadoria e estarão cativas em 40%

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O secretário de Estado do Orçamento disse esta terça-feira que os 53 milhões de euros que o Estado prevê gastar em 2011 em pareceres, estudos e consultadoria são despesas «absolutamente essenciais» e estarão cativadas em 40 por cento.

«As verbas com consultadorias desceram muito em relação a 2010», disse Emanuel dos Santos à entrada para uma conferência no Parlamento, citado pela Lusa.

«A esse valor ainda vai ser aplicada uma cativação de 40 por cento», acrescentou o governante. Ou seja, segundo o secretário de Estado, só com essa cativação «os 50 milhões de euros [orçamentados] descem para 30 milhões».

O secretário de Estado disse que as consultorias representam despesa que inclui projectos de investimento, e mesmo assim em parte «co-financiada com fundos da UE», acrescentando que não existe «um aumento da despesa nessa rubrica e a que está lá incluída é a absolutamente necessária para o investimento e pouco mais».

Emanuel dos Santos referiu mesmo que é «absolutamente impensável» cortar certas despesas. «A vida não parou. Não vamos reduzir a zero as despesas. Isso é absolutamente impensável».

Confrontado com gastos de cerca de 300 mil euros em «artigos honoríficos e para decoração», Emanuel dos Santos insistiu que há verbas que não se podem cortar mais.



«São despesas com insígnias e condecorações que vêm das nossas Forças Armadas e de Segurança. Não quererão certamente evitar que sejam feitas determinadas condecorações e a aquisição de divisas», disse o responsável.

Emanuel dos Santos explicou que "só do lado das Forças Armadas e de Segurança temos à volta de 100 mil euros desses 300 mil» orçamentados.

«Há despesas que, com franqueza, devemos continuar a fazer e inclusivamente fazem parte da legislação. Não se pode evitar que o Presidente condecore personalidades no 10 de Junho e as medalhas custam dinheiro», disse o governante.

Emanuel dos Santos, que considerou «absurdo criticar esse tipo de despesa», disse ainda que «não é por aí que se vai conter o défice».
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