Portas: «Eurobonds podem ajudar a resolver crise» - TVI

Portas: «Eurobonds podem ajudar a resolver crise»

MNE defende euro-obrigações, mas Governo ainda não tem posição oficial

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O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, afirmou esta quinta-feira que as euro-obrigações, ou eurobonds, «são uma ideia interessante e importante» e que pode «ajudar a resolver a actual crise das dívidas soberanas».

«Os Eurobonds são, a nosso ver, uma ideia interessante e importante, e a concretização das obrigações europeias evidentemente só pode ser feita no quadro de um aprofundamento da integração europeia e pode e deve ajudar a resolver a actual crise das dívidas soberanas», disse Paulo Portas no Parlamento, na Comissão de Negócios Estrangeiros.

Portas é o primeiro ministro a tomar uma posição sobre o assunto, depois de na terça-feira o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, ter dito que o Governo português «não tem uma posição oficial» e que é «prematuro» tomar uma posição sobre as euro-obrigações.

A ideia da emissão de títulos de dívida pública emitidos em conjunto pelos 17 países da zona euro mereceu o apoio de diversos responsáveis europeus, mas também a rejeição de muitos outros, sobretudo países financeiramente mais sólidos, com rating máximo (AAA), como a Alemanha, a França, a Holanda, a Finlândia e a Áustria. A Bélgica é o único país de rating AAA a defender a emissão de obrigações comuns.

As euro-obrigações têm sido defendidas por muitos como a solução para salvar a Zona Euro da crise da dívida soberana, uma vez que teria a vantagem de fazer descer os custos de financiamento dos países mais pressionados pelos mercados, evitando que Itália ou Espanha tivessem de pedir ajuda externa. Mas, para isso acontecer, países como França e Alemanha teriam de pagar juros mais elevados para se financiar.

Talvez por isso, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse aos jornalistas, no final da reunião com Merkel, há cerca de duas semanas, que a emissão conjunta de títulos de dívida europeia poderá acontecer mas só depois de uma completa integração política da Zona Euro.
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